Todos os anos, por 9 dias em julho, a mesma corrida insana: milhares de homens e mulheres à frente de touros, em descontrolado turbilhão pelas ruas da cidade de Pamplona. É tradição cultural e turística (desde a Idade Média), onde as principais vítimas são os animais, que sofrem quedas, ferimentos graves, até serem sacrificados ao final. Matam mais de 50 a cada ano.
: 9 dias de loucuras na Festa de San Fermín – foto Pablo Blázquez Domínguez
Mas nem todos os espanhóis aprovam essa matança em nome do costume secular. Afinal, a selvageria medieval deu lugar à civilização como a conhecemos. Por ocasião da Festa de San Fermín, ativistas protestam em defesa dos animais. Tentam, em vão, conscientizar o país. E este ano, promoveram um dramático ritual em praça pública, que virou manifesto na web. Emocionante.
Manifestação de ativistas espanhóis por um San Fermín sem sangue
Embora muita gente saia ferida ou morta das correrias, atropelada ou chifrada pelos touros, os encierros continuam. Por que tamanha doideira? A versão brasileira do El País publicou excelente matéria, que traduz o espírito da Festa de San Fermín. A matéria explica mas não justifica essa paixão nacional. Enfim, é uma imensa e perigosa tourada fora das arenas. Sai da frente!
Corridas de Pamplona: mas o que estou fazendo aqui? Sensacional texto de Borja Hermoso sobre o que ocorre num encierro. Leia no El País. Para saber a importância da Festa de San Fermín para os espanhóis, acesse a Wikipédia.