Não vai rolar mais o negócio entre gigantes do setor automotivo com operações no Rio Grande do Sul, uma delas a Dana, com cinco fábricas do Distrito Industrial da aldeia dos anjos. A outra, a GKN Driveline, que foi quem confirmou que a negociação foi por água abaixo, tem linha de produção em Porto Alegre.
A própria Dana Brasil informou em seu site (clique aqui para ler), no dia 9 deste mês, que a negociação estava encaminhada com a GKN.
— A Dana anunciou hoje que assinou acordos definitivos para a combinação de suas operações com as da Divisão de Driveline da GKN. O negócio cria a Dana Plc, líder global em sistemas de transmissão.
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A guinada foi revelada no começo desta tarde (29/3) pela jornalista Giane Guerra no site gauchazh.com.br. Ela informou que foram os acionistas da GKN que não aceitaram fechar negócio com a Dana, optando pela venda da GKN para outra empresa, a Melrose, pela quantia de 8 bilhões de libras.
Segundo a jornalista escreveu, uma fonte do setor explicou o que aconteceu.
— A GKN estava sendo assediada por uma empresa que queria comprar e demitir toda a direção e o conselho de administração. É o que se chama de "hostile take over". A Dana propôs à direção da GKN um estratégia de defesa, que era vender a divisão automotiva para a Dana e usar o dinheiro para pagar dívidas. Porém, os acionistas da GKN acharam mais atrativo vender tudo para esta empresa chamada Melrose, pegar o dinheiro e deixar que estes reestruturem o negócio.
O QUE A DANA DISSE
A empresa acabou de postar em seu site uma manifestação sobre o negócio que não saiu. Leia, na íntegra:
— MAUMEE, Ohio, EUA – 29 de março de 2018 – A Dana Incorporated (NYSE: DAN) reconhece a decisão da maioria dos acionistas da GKN plc de aceitar a proposta da Melrose Industries plc de adquirir a GKN. Como conseqüência, parece improvável que nossa combinação proposta com a GKN Driveline prossiga.
— Estamos, é claro, desapontados com o resultado de hoje e continuamos a acreditar que a Dana seria a melhor proprietária e operadora da GKN Driveline — disse James Kamsickas, presidente e CEO da Dana.
— Essa sempre foi uma oportunidade, não um ativo obrigatório ou crítico. A Dana é uma empresa forte e próspera, e continuaremos com nosso foco na execução de nossa estratégia, entregando para os clientes e permanecendo como agentes responsáveis do capital de nossos acionistas.