A Renatinha Medeiros, de Gravataí, repórter e produtora da Rádio Gaúcha, é uma pessoa gentil, inteligente, trabalhadora, tranquila, bonita. Domingo, no Beira-Rio, onde estava entrevistando torcedores, foi agredida brutal e injustamente por um débil mental, primeiro com um palavrão e depois uma tentativa de soco que felizmente esbarrou num braço.
Falei com a Renatinha apenas uma vez, e já faz tempo, quando ela me deu uma carona depois que participei de um programa na Gaúcha (o último). Ela falou com muito orgulho da sua carreira, e com muito afeto do seu carrinho, vermelho, um presente do pai, para comodidade e segurança.
Renatinha: o covarde que te agrediu não é mau-caráter, porque para isso precisaria ter algum caráter, mesmo mau, e ele não tem nenhum. Também não é e nem pode ser imoral, uma pessoa de má moral – é amoral mesmo, sem moral. É um imbecil, que acha bonita a própria imbecilidade e parece ter orgulho dela. E – desculpa – pode até ser impotente, que pensa que pode disfarçar a impotência com palavrões e exibição pública de falsa valentia. O hematoma no teu braço e o teu pranto na saída do Beira-Rio, amiguinha, ficaram como marcas amargas de uma grave injustiça também no coração das pessoas que gostam de ti e te admiram, como eu.
Estou fazendo esta coluna aqui desde o inicio do ano passado, e – só por causa desse triste episódio – é a primeira vez que EU me refiro a mim usando explicitamente a primeira pessoa, para expressar a minha posição pessoal e indignada no caso. O agressor já está identificado, nas imagens na internet e no próprio plantão de justiça no estádio. Agora só falta a punição, e que ela venha logo, e que seja forte.