Partido do gosto de uma celebridade nacional, Luciano Huck, e de um novo famoso local, Fernando Deadpool, o PPS de Gravataí aposta em uma personalidade da aldeia para chegar à câmara federal: Rodrigo Galatto, o herói gremista na ‘Batalha dos Aflitos’.
– É simbólico começar a organização dessa nova batalha aqui onde me criei. Quero contar com essas pessoas que me conhecem desde sempre – discursou o goleiro, na primeira reunião em que, depois de percorrer 200 cidades do interior, deu a largada em sua pré-campanha na região metropolitana, no São Geraldo, bairro em que passou toda a infância e juventude.
LEIA TAMBÉM
OPINIÃO | O dia em que Deadpool virou um super-herói político
Ao lado do hoje empresário do ramo alimentício estava Any Ortiz, estrela do partido no estado que concorre à reeleição para assembléia legislativa, e Eliseu Monteiro, presidente do PPS municipal que, especula-se, pela presença constante nos bastidores e em atividades partidárias, seja o novo caminho do vereador Dilamar Soares, que traz a experiência de campanhas com PSD, PMDB, PT e PDT.
O evento, na parada 72, foi aos moldes que os apoiadores do goleiro Galatto já conhecem, poucos discursos e muitos abraços, selfies e declarações de gratidão pela defesa do pênalti mais importante da história do Grêmio.
A reunião terminou com uma surpresa: a banda do Imortal Bus, tradicional movimento tricolor de Gravataí, e a banda marcial do CIEP da Morada do Vale, alentaram o coração do eterno ídolo com canções da torcida tricolor.
Morador do Alphaville em Gravataí, Galatto pendurou as chuteiras em janeiro do ano passado. Aos 34 anos, com a fama de segurar a grana como catava bolas com firmeza em seu auge no Grêmio, o agora ex-goleiro recusou propostas para continuar jogando e investiu em uma peixaria, a Calamares Peixes & Frutos do Mar, na Anápio Gomes, ao lado do amigo Daniel Kampff – seu fiel escudeiro desde os 10 anos de idade, quando os dois se criaram na 72.
Galatto, que é da coligação que apoia os tucanos Eduardo Leite a governador e Geraldo Alckmin à presidência, é uma das incógnitas da eleição, já que do time de ex-jogadores gremistas da história recente, que vestiram a camisa da política, as urnas escalaram como titulares Danrlei e Jardel, mas deixaram no banco Dinho e Carlos Miguel.