Na semana que passou, quando participei da reunião mensal do Grupo Gente & Gestão, tive a oportunidade de assistir à excelente palestra da Maria Odila Oliveira sobre Gerações.
A Maria Odila atua na área de Recursos Humanos da Braskem há muitos anos e tem como hobby, como ela mesma define, estudar e pesquisar sobre características, conceitos e principais aspectos que tenham relação com as gerações ao longo do tempo.
As gerações dependem umas das outras e estão interligadas. É grande o desafio de minimizar os conflitos que possam surgir e de criar condições para um convívio harmônico entre elas, não só nas empresas, como também nas famílias.
O tema é apaixonante, pois sempre é estimulante entender as novas gerações que vão surgindo. E, no momento atual, ainda mais, pois, pela primeira vez, cinco gerações diferentes têm a oportunidade de conviverem mutuamente.
Mais do que um hobby, com certeza, pois ela é uma mestra no assunto!
Entre os vários assuntos relacionados às gerações um me chamou a atenção: a Empatia. Ao citar uma frase de Roman Krznaric, pensador, escritor e filósofo australiano, Maria Odila trouxe à tona este tema tão importante e atual.
“A Empatia é a arte de se colocar no lugar do outro por meio da imaginação, compreendendo seus sentimentos e perspectivas e usando essa compreensão para guiar as suas próprias ações. Mais do que ser uma emoção vaga, agradável, a Empatia tem o poder de transformar vidas e promover profundas mudanças sociais” afirma Krznaric num dos seus livros.
Roman Krznaric ensina:
Os Seis Hábitos de Pessoas Extremamente Empáticas
- Hábito 1: Acione seu cérebro empático
Mudar nossas estruturas mentais para reconhecer que a empatia está no cerne da natureza humana e pode ser expandida ao longo de nossas vidas.
- Hábito 2: Dê o salto imaginativo
Fazer um esforço consciente para colocar-se no lugar de outras pessoas – inclusive no de nossos “inimigos” – para reconhecer sua humanidade, individualidade e perspectivas.
- Hábito 3: Busque aventuras experienciais
Explorar vidas e culturas diferentes das nossas por meio de imersão direta, viagem empática e cooperação social.
- Hábito 4: Pratique a arte da conversação
Incentivar a curiosidade por estranhos e a escuta radical, e tirar nossas máscaras emocionais.
- Hábito 5: Viaje em sua poltrona
Transportamo-nos para as mentes de outras pessoas com a ajuda da ar te, da literatura, do cinema e das redes sociais na internet.
- Hábito 6: Inspire uma revolução
Gerar empatia numa escala de massa para promover mudança social e estender nossas habilidades empáticas para abraçar a natureza.
E ele conclui:
“Não devemos ser ingênuos. A Empatia não é uma panaceia universal para todos os problemas do mundo, nem para todas as lutas que enfrentamos nas nossas vidas. É importante ser realista com relação ao que ela pode ou não realizar. Se um número suficiente de nós nos tornarmos viajantes empáticos, é provável que descubramos que estamos transformando o mundo em que vivemos.”
Eu pretendo me aprofundar ainda mais neste tema. E você?
Para refletir…
“Empatizar é uma forma de viajar, em que você se coloca no lugar de outra pessoa e vê o mundo através da perspectiva dela.”