depois do cafezinho

GM responde amanhã sobre indenizações

Audiência de mediação entre GM e Sinmgra no TRT

– Não teve cafezinho, nem acordo – resumiu o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Gravataí, Valcir Ascari, ao sair agora a pouco de reunião com o diretor de Relações Trabalhistas da GM, Artur Bernardo Neto, e o diretor de Pessoal, Ricardo Sacchi.

A cobertura do SEGUINTE: sobre as demissões em massa na GM revelou que até o cafezinho foi cortado na montadora de Gravataí.

– Há promessa de uma posição até amanhã, da alta cúpula de São Paulo, pelo menos sobre as indenizações – informou o sindicalista.

Após audiência de mais de duas horas, e também sem acordo, mediada ontem em Porto Alegre pelo vice-presidente do Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região (RS), desembargador João Pedro Silvestrin, o Sinmgra desistiu de buscar judicialmente a readmissão dos mais de 300 funcionários demitidos – por telegrama – no final de abril.

– Muitos nem querem voltar – informou Ascari por telefone, pouco depois de ligar para Brasília e relatar a situação ao senador Paulo Paim, a quem é ligado.

A luta do sindicato agora é pelo pagamento de algum tipo de indenização aos demitidos. Como todos tinham assinado em novembro do ano passado o acordo de redução de jornada, o lay off, agora não tem direito a seguro desemprego, por exemplo.

– Não vamos abrir mão de alguma indenização, nem que apenas referente aos cinco meses do lay off – garante o sindicalista, que não descarta paralisações e até greve na unidade onde se produz, além do Prisma, o carro mais vendido e lucrativo da GM, que é o Onix.

 

Lay off, um acordo que furou

 

Em novembro do ano passado, os funcionários da GM em Gravataí aprovaram a proposta onde, para evitar demissões, 825 pessoas foram colocadas no sistema de redução de jornada de trabalho por cinco meses, de 1º de dezembro a 30 de abril. Quando os contratos venceram, a GM dispensou os funcionários alegando que houve queda de 26% nas vendas da indústria nos primeiros quatro meses de 2016, e não se verificou a recuperação do mercado que era esperada quando o lay off foi assinado.

– No que diz respeito a nossa produção, isso não se confirma: no primeiro trimestre deste ano foram vendidos 32.337 Onix e Prisma. No mesmo período do ano passado, tinham sido 27.480 carros – argumenta o presidente do sindicato.

Ascari confirma que as demissões em massa indicam o fim do terceiro turno, que tinha sido suspenso na assinatura do lay off. O turno, que já teve 1,5 mil funcionários, não tinha mais de 500 no fim de 2015. E muitos funcionários que não foram demitidos já foram deslocados para os outros turnos.

 

: Carros produzidos em Gravataí estão entre os mais vendidos e mais lucrativos para GM

 

LEIA MAIS:

GM: demissões no tribunal

 

Segunda, no TRT

 

Uma nova mediação no TRT-RS está agendada para a próxima segunda-feira (16), às 10h30. Também participaram da mediação de ontem, além de Ascari, Neto e Sacchi, os diretores do sindicato Edson Dorneles e Gualberto Dusser a procuradora regional do Trabalho Beatriz Junqueira Fialho, representando o Ministério Público do Trabalho, e advogados da GM e do Sinmgra, além de trabalhadores que se deslocaram em ônibus disponibilizado pelo sindicato no Centro de Gravataí.

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