O governo Eduardo Leite reforça o que antecipei em agosto em Free flow: cancelas abertas para ‘pedágio gourmet’ na ERS-118 e 020; As forças de Gravataí, o agora, o depois e o advogado do diabo.
O ‘Bloco 1’ de concessões, que inclui as duas rodovias metropolitanas, está nas metas de parcerias público-privadas (PPPs) divulgada nesta terça-feira pela Secretaria de Parcerias e Concessões do Estado (Separ).
A pasta elencou os projetos de PPPs realizados em 2023 e o que está previsto para os próximos três anos de gestão. Os investimentos somados chegam a R$ 15 bilhões em áreas como infraestrutura, segurança, saúde, educação e transporte.
Ao fazer o balanço da implantação do primeiro free flow em rodovias estaduais do país, no Bloco 3, da Serra Gaúcha e Vale do Caí, com projeção de investimentos de R$ 4,6 bilhões pela concessionária Caminhos da Serra Gaúcha (CSG), o governo divulgou que “o plano de concessões prevê ainda os blocos 1 (regiões Metropolitana, Litoral e Serra) e 2 (Vale do Taquari e norte do Estado), que estão tendo seus estudos revisados e já contarão com o free flow”.
Os investimentos nos dois blocos, conforme levantamentos iniciais do governo, serão de R$ 10 bilhões em 30 anos. A publicação dos editais está prevista para 2024.
Os novos estudos ainda não foram apresentados, mas a ERS-118 e a ERS-020 restavam na modelagem inicial do Bloco 1.
Ao fim, é ‘pauta-bomba’.
As posições das forças políticas e empresariais locais não mudaram em relação ao artigo que cito acima.
Como analiso?
Antecipando que teremos uma nova polêmica, no caso exclusivo de Gravataí, que é a municipalização da ERS-020 e a projeção do governo Luiz Zaffalon (PSDB) de investir na extensão da duplicação da rodovia R$ 20 milhões em dinheiro do orçamento municipal, mantenho a mesma análise de artigo ainda anterior, de maio do ano passado, Audiência pública: ninguém quer pedágio e Leite é “mentiroso”. Ok, mas o que fazer da ERS-118?; O advogado do diabo.
Escrevi:
Quase todo mundo é contra pedágios na ERS-118 e o governador Eduardo Leite “é o político mais mentiroso da história do Rio Grande do Sul”, conforme Rodrigo Lorenzoni (PL), proponente da audiência pública realizada pela Assembleia Legislativa, com apoio do Movimento ERS-118 Sem Pedágio. Ok, mas e agora? Neste artigo vou fazer o advogado do diabo.
Desde que o governador lançou, em seu mandato anterior, os blocos de concessão de rodovias e incluiu a ERS-118, critiquei o modelo de privatização à brasileira: após R$ 400 milhões em investimentos públicos na duplicação – e, agora, mais a elevada em Gravataí, de R$ 27 milhões, e a iluminação completa, por R$ 20 milhões –, a entrega para a iniciativa privada.
Na campanha, Leite, após chegar ao segundo turno com apenas 2.441 votos (0,04%!) a mais que Edegar Pretto (PT), entrou no modo populista e, mesmo entusiasta dos pedágios, após pedirem uma formalização do que disse com exclusividade ao Seguinte:, em EXCLUSIVO | Eduardo Leite diz que 118 não terá pedágio em Gravataí caso seja eleito, assinou documento se comprometendo a não cobrar pelo uso da 118; assim como fez o pai de Rodrigo, seu adversário Onyx, e reportei em ‘Efeito Seguinte’: Leite e Onyx assinam documento garantindo que ERS-118 não terá pedágio em toda sua extensão; Leia o compromisso.
Não há no documento margem para verdades múltiplas: está lá escrito que a rodovia não seria pedagiada – tratei em artigos como Bomba! ERS-118 pode ter pedágio; O senhor é ‘sem palavra’, governador Eduardo Leite?, inclusive reproduzindo o documento original, assinado pelo político que venceu a eleição.
Sigamos para adiante da “mentira” que seria pedagiar a 118, até porque seria brigar com os fatos, aqueles chatos que atrapalham argumentos.
Na remontada da polêmica, quando confirmou a reabertura de estudos pela cobrança para dirigir pela 118, com o sistema free flow, onde não há praça com cancelas, mas o usuário paga conforme a quilometragem que percorre, interpreto que Leite alertou que, sem pedágio, a manutenção da rodovia fica sob risco e a duplicação que falta entre Gravataí e Viamão não vai acontecer; já tratei disso em Entre verdades múltiplas, Leite sinaliza que cobrança de ‘pedágio sem cancelas’ pode acontecer até em Gravataí e Cachoeirinha; Sem cobrança, sem duplicação até Viamão.
Aí resta a ressaca da audiência pública.
Se o governador desprezou a audiência ao enviar apenas o secretário-adjunto de Parcerias e Concessões, Gabriel Fajardo, que apenas reafirmou a necessidade de um novo estudo para o Bloco 1 (onde também está a ERS-020) pelos dados da concessão suspensa serem anteriores à 2020, também não há notícia de apresentação de alternativas factíveis para a 118.
Se o movimento é apenas contra o pedágio, reputo já está vencido o debate pelo Movimento RS 118 Sem Pedágio, entidades e políticos de oposição ou não; 50 dos 55 deputados estaduais assinaram manifesto – Patrícia Alba (MDB), de Gravataí, entre parlamentares subscritos, Valdir Bonatto (PSDB), de Viamão, não.
Mas, e agora, o que será da 118?, pergunto, advogando para diabo.
Ao fim, se pedagiar a rodovia – sem ser liberado da palavra empenhada – seria uma mentira, ou, para não ser tão grosseiro, uma verdade múltipla, é uma verdade que Leite nunca prometeu concluir a duplicação ou manter a 118 com recursos próprios do Estado.
Inegável é que, em algum momento, a realidade se impõe e precisaremos ir adiante nos compromissos com uma rodovia que está ajudando a transformar a região no principal polo logístico gaúcho.
“Não há almoço de graça” é a máxima, né?
Respostas de 7
Na verdade as promessas eleitorais só funcionam porque a memória do povo/eleitores é curta e, penso eu, não há penalidades para quem é mentiroso do ponto de vista politico (até que eu saiba). A única penalidade que um político mentiroso poderia sofrer seria não ser reeleito se não fosse a ignorância do povo, hajá visto o percentual de analfabetismo funcional: 33 % (1/3 dos brasileiros em 09/2022 https://noticias.portaldaindustria.com.br/noticias/educacao/brasil-tem-mais-de-10-milhoes-de-analfabetos-jovens-e-adultos/#:~:text=Analfabetismo%20funcional%20atinge%20cerca%20de%201%2F3%20dos%20brasileiros&text=O%20analfabetismo%20funcional%2C%20quando%20a,de%201%2F3%20dos%20brasileiros.)
Quem mora em gravatai, não vai poder sair pra lado nenhum sem pagar um pedágio então. Ainda se todos fossem igual o de campo bom que é barato. Mas. Botam 19 reais pra passar um carro igual na 116
Um bom administrador, o que Eduardo Leite obviamente não é, ofereceria alternativas como redução da máquina publica que encontra-se inchada e ineficiente.
Até poderiam existir pedágios, porem, no “Brazil”, temos um pedágio com valores europeus mas não ganhamos em euros ou dolares. Aqui, pagamos os maiores impostos do mundo e os governos oferecem em contrapartida soluções fáceis para si e crueis para a população…
A duplicação da 118 e 020 e muito importante trabalho no distrito industrial de Alvorada, e utilizo carro da empresa todos os dias pela região metropolitana para fazer serviços, terei que pagar todos os dias ? De alvorada a Viamão tem que fazer também?
O povo tem que se ferrar mesmo não sabem escolher seus governantes.agora é só pagar
Só se fala em padagios e radares estradas Rui s e mal conservadas onde estão as melhorias das tais concessões???Roubalheira pura
Nunca votei nesse cara porque não acreditava nele agora pior por querer colocar pedágio na 118 depois que vendeu tudo.alias não vendeu entregou assim e fácil de governar até eu governava fora