RAFAEL MARTINELLI

Governo Leite projeta licitar linhas intermunicipais operadas pela Sogil e outras concessionárias metropolitanas; O sistema faliu

A licitação de linhas intermunicipais de Gravataí operadas pela Sogil está entre as metas divulgadas pela Secretaria de Parcerias e Concessões (Separ) do governo Eduardo Leite.

Cachoeirinha, Glorinha e Viamão também estão entre os 34 municípios metropolitanos onde as empresas responsáveis por essas linhas de ônibus operam com contratos considerados precários. 

O governo projeta, para os próximos três anos, investimentos de R$ 15 bilhões em parcerias público-privadas (PPPs) nas áreas como transporte, saúde, educação, segurança e infraestrutura; como já tratei quarta-feira em Governo Leite confirma projeção de ‘pedágio gourmet’ em bloco onde estão ERS-118 e ERS-020 de Gravataí; O advogado do diabo.

O contrato para realização do projeto da primeira concessão de transporte metropolitano da região metropolitana de Porto Alegre foi assinado em novembro de 2023.

Conforme nota do governo, a partir do projeto, a cargo da Fundação Getúlio Vargas (FGV), será feita a análise da situação atual do sistema de transporte e indicadas melhorias com o objetivo de aprimorar o traçado das linhas, a qualidade e a organização dos serviços.

O estudo, com duração prevista de 18 meses, fará um redesenho dos trajetos e buscará a integração com o transporte metroferroviário e com o transporte urbano dos municípios que compõem a Região Metropolitana.

– Desde o início do primeiro mandato, temos trabalhado muito pela integração e melhoria do transporte na Região Metropolitana. Tivemos problemas nesse processo em função da pandemia, mas agora, em articulação com os prefeitos, teremos condições de estruturar o transporte conjuntamente e à luz da nova realidade urbana da região – explicou o governador.

Conforme o secretário de Parcerias e Concessões, Pedro Capeluppi, a análise deverá apresentar ao Estado propostas que considerem as melhores práticas para a mobilidade urbana e soluções para o modelo existente, contemplando, preferencialmente, a integração de modos em uma única plataforma, tanto do ponto de vista operacional como tarifário.

– Além disso, a consultoria deve priorizar, ao longo de todo o estudo, a modicidade tarifária, a melhora no conforto dos usuários e a adoção de práticas sustentáveis, contemplando premissas que considerem, também, a diminuição de emissões de gases de efeito estufa – projetou.

Ao fim, alerta há anos sobre a falência do sistema de transporte: se a ‘ideologia dos números’ torna incontestável a necessidade de subsídios públicos, é preciso também redesenhar todo esse sistema, atualizando-o à realidade uberizada.

Em 2022, em Adiada greve dos ônibus intermunicipais; Sistema precisa de 120 milhões em subsídio para passagem não explodir, ainda antes do sistema receber praticamente esses valores em subsídios pelos quais as concessionárias apelavam não apenas para evitar explodir o preço das passagens, mas inclusive para pagar salários em dia, escrevi – e segue atualíssimo:

Apanho bastante no Grande Tribunal das Redes Sociais por apontar a necessidade da ‘institucionalização’ do subsídio, municipal, estadual e federal.

É impopular, mas inevitável.

Fato é que não apareceu ainda alternativa para manter tarifas pagáveis na crise que vive o transporte coletivo desde a ‘tempestade perfeita’, que começa com a chegada dos aplicativos, explode na tragédia da pandemia e é piorada por combustíveis 65% mais caros em 12 meses.

E quem paga, e precisa do serviço, é o pobre, que não tem a escolha de ir para o trabalho de carro próprio ou uber.

Se em um ônibus tem um juiz aposentado, um estudante e um gari, é este quem paga. E é este mesmo gari que vai precisar do ônibus que pode, um dia, não chegar na parada.

O atual governador e os candidatos ao Palácio Piratini tem obrigação de tratar dessa pauta nas eleições deste ano.

Equilibrar o sistema é a urgência. Mas há de se remodelar todo o transporte coletivo. A começar por licitações por décadas atrasadas.

Participe de nossos canais e assine nossa NewsLetter

Facebook
WhatsApp
Twitter
LinkedIn
Pinterest

Conteúdo relacionado

Respostas de 3

  1. Oi bom dia a melhoria que o governo do estado do Rio Grande do Sul possa fazer é trazer a linha ferroviária para Gravatai passagens caras ônibus sucatiados o povo tá cansado nosso governador
    Desabafo não dá mais

  2. O trensurb deveria ter novas ramificações. Indo para cachoeirinha , gravatai. Alvorada , viamão. Diminuiria muito a tranqueira dos carros.

  3. Eu Viajei De Sogil….Por 16 Anos….E Acho Que E Uma Empresa Que Preza Bem Pouco Pela Populacao…Ônibus Antigos….Horários Poucos…Motoristas…Alguns Muito Nojentos E Mal Educados….Enfim…Já Está Na Hora De Ter 2 Empresas Fazendo Linha Para Gravataí.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Receba nossa News

Publicidade