crise do coronavírus

Gravataí Cachoeirinha e Glorinha em bandeira laranja; a boa notícia, os neaíners e o rebanho

Rio Grande do Sul entra pela primeira vez em bandeira laranja em todos os municípios

Gravataí, Cachoeirinha, Glorinha e todo Rio Grande do Sul entraram nesta sexta em bandeira laranja, de risco médio, na 21ª rodada do Distanciamento Controlado do Governo do RS. Uma boa notícia, mas ainda não é o fim da pandemia, nemaíners! A ‘imunidade de rebanho’ ainda está longe.

Os novos decretos municipais devem ser publicados ainda neste fim de semana, com as regras para operação de atividades não essenciais, que poderão funcionar das 8h às 22h. Casas noturnas, ainda não. Volta às aulas somente caso os indicadores permaneçam estáveis pelos próximos 15 dias. A vigência das bandeiras começa à 0h de terça-feira (29/9) e se encerra às 23h59 de segunda-feira (5/10).

– Os indicadores de óbitos e hospitalizações desaceleraram, mas a pandemia não terminou. Se as coisas estão melhorando é porque as medidas corretas foram tomadas e a população compreendeu a importância de seguir os protocolos sanitários – diz Jean Torman, secretário da Saúde.

Em números de hoje, Gravataí já testou 9.927 pessoas, com 4.476 casos confirmados, 3.622 (80.92%) recuperados e 130 óbitos (2.9%). 23 vidas foram perdidas nos primeiros 25 dias de setembro, média inferior a agosto e julho, meses do pico da COVID-19, quando foram registradas 2 mortes a cada 24h.

– Já estamos trabalhando na elaboração do novo decreto e de um novo termo de responsabilidade para empreendedores locais.

– Depois de um final do mês de junho e o mês de julho de grande e expressivo crescimento, em intensidade e velocidade na ocupação de leitos por pacientes confirmados com Covid-19, observamos, a partir do final de julho, uma suavização da curva. Ao longo de agosto, vimos uma estabilização e, agora, nessas últimas semanas de setembro, finalmente, o número de pacientes confirmados por COVID-19 em leitos de UTI começa a reduzir, ainda que seja uma redução lenta – informou o governador Eduardo Leite, há pouco.

No RS, novos registros de hospitalizações por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), que resultaram em diagnóstico confirmado de COVID-19, caíram 25% nas últimas semanas – de 1.016 para 793. Além disso, entre as duas últimas quintas-feiras, o número de óbitos causados pela doença reduziu 19%, de 338 para 273.

Os internados em UTI por SRAG caiu 9% (de 884 para 806) e o número de internados em leitos de UTI com Covid-19 reduziu 5% (de 693 para 658). Esses declínios, constatados entre as duas últimas quintas-feiras, resultaram na elevação do número de leitos de UTI adulto livres, que cresceu 11% entre as últimas quintas-feiras, de 614 para 684.

Ao fim, alaranjar a ‘bandeira rosa’, como apelidei após o tanto que se desbotou da bandeira vermelha, não significa ainda o fim da pandemia – ao menos oficialmente, já que a coisa anda sob a Lei Vampeta, do ‘finge que cumpre, finge que fiscaliza’. Gravataí ainda está tão longe da ‘imunidade de rebanho’ quanto a praia de Copacabana lotada.   

Conforme a cientista chefe da OMS, Soumya Swaminathan, a taxa de pessoas infectadas necessária para atingir a imunidade coletiva para o novo coronavírus deve ser de 65% a 70%. Gravataí tem 1,5%.

Não é uma questão de medo e sim de inteligência ou covidiotia.

 

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