opinião

Gravataí cresce entre 100 maiores do país; investimentos só atrás de Porto Alegre

Marco Alba, prefeito de Gravataí

Não é conversa de político quando o prefeito Marco Alba projeta um ‘crescimento chinês’ para Gravataí, semelhante aos 10% acima da inflação experimentados entre 2002 e 2012, quando o dinheiro do complexo automotivo da General Motors começou a entrar nos cofres do município.

Explico. Sem torcida ou secação, até porque, devido às marolinhas e tsunamis da economia nacional, parte do ‘milagre’ corresponde a uns avançarem porque outros pararam: sob a ‘ideologia dos números’, aquela dos dados, dos chatos dos fatos que atrapalham argumentos, inegável é que Gravataí mostra crescimento no PIB, nos investimentos públicos e privados, em meio à ‘tempestade perfeita’ que desaba por mais de meia década no país.

No Rio Grande do Sul, a ‘aldeia’ se mantém como quarta economia e aparece melhor que a ‘capital’. No Brasil, subiu 12 posições entre as 100 melhores cidades. Nos investimentos públicos e privados, só perde para Porto Alegre.

Começo pelo ranking do Anuário de Investimentos do RS, que mapeou R$ 65 bilhões públicos e privados em 100 empreendimentos prontos, em andamento ou que estão na pauta de 2019 em 50 municípios gaúchos: Porto Alegre lidera com R$ 8,8 bilhões, seguida de Gravataí (R$ 1,4 bi), que está bem na frente de Canoas (R$ 300 milhões); Novo Hamburgo (R$ 150 mi) e Venâncio Aires (R$ 7,5 mi).

Já relatório do Produto Interno Bruto (PIB) dos Municípios, divulgado nesta sexta pelo Departamento de Economia e Estatística, órgão vinculado à Secretaria de Planejamento, Orçamento e Gestão do RS, mostra que Gravataí puxa a fila nos ganhos de participação no PIB gaúcho.

O ranking, que usa como base comparativa os anos de 2016 e 2017, mostra Gravataí expandindo (+0,46) e Porto Alegre (-0,34) retraindo. Atrás de Gravataí aparece Caxias do Sul (+0,22) e Triunfo (+0,21). Em queda também estão Canoas (-0,45) e Rio Grande (-0,19).

Gravataí é o 4º PIB gaúcho, R$ 12,4 bilhões, com uma participação de 2,9%, atrás de Porto Alegre, R$ 73,9 bi (17,5%), Caxias, R$ 21,7 bi (5,1%) e Canoas R$ 18,9 bi (4,5%).

São R$ 12,4 bi. Porto Alegre (R$ 73,9 bilhões) segue como o município gaúcho de maior PIB, seguido de Caxias do Sul (R$ 21,7 bilhões) e Canoas (R$ 18,9 bilhões).

É de R$ 45.089,08 o PIB per capita, ou ‘por pessoa’, que mede quanto, do total produzido, 'cabe' a cada morador de Gravataí se o ‘dinheiro’ fosse dividido em partes iguais.

Entre os maiores municípios brasileiros, Gravataí subiu do posto 91º para 79º.

O PIB é uma medida do valor dos bens e serviços produzidos num período, na indústria, serviços e agropecuária. O objetivo é medir a atividade econômica e o nível de riqueza de uma região, na lógica do ‘quanto mais se produz, mais se está consumindo, investindo e vendendo’.

Uma das explicações clássicas para entender o cálculo é a ‘conta do pãozinho’: o fazendeiro produz o trigo e vende a R$ 0,10 para o moinho. O moinho fabrica a farinha e vende a R$ 0,30 para a padaria. A padaria faz o pão e vende a R$ 0,50 para o consumidor. Esse valor do ‘bem final’ é o que entra na conta.

– Os dados demonstram a dinâmica e a performance dos municípios – observa a chefe da Divisão de Indicadores Estruturais do DEE, Vanessa Sulzbach.

O secretário da Fazenda atendeu o Seguinte: na manhã deste sábado. Diferente das ekipekonômicas de governos federais que vendem como paraíso qualquer crescimento de ‘zero após a vírgula’, Davi Severgnini cultiva um perfil conservador, que permite aplicar  a millôriana ‘só está preparado para ser otimista quando seu pessimismo der certo’.

Os números agradaram.

– Gravataí está em outra vibe. A responsabilidade, as contas em dia e a modernização do governo, que permitem o investimento público que o prefeito Marco Alba está fazendo, animam o investidor privado, que tem a possibilidade de apostar em uma cidade com infraestrutura e serviços – resumiu, por telefone, e prometendo um estudo sobre os dados apresentados sexta e ainda não estratificados.

– Não há dúvida de que, com a variedade da nossa matriz produtiva industrial, puxada pela GM, poderíamos crescer mais, não fosse a estagnação econômica do país.

Ao fim, aguardemos os reflexos do PIB no Índice de Desenvolvimento Humano de Gravataí. Mesmo que não seja um dado 'definitivo', a regra costuma ser ‘quanto maior o PIB per capita, maior o IDH’.

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