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Gravataí é papa títulos de robótica pelo mundo

Um dos coordenadores, Maicon Albuquerque, Yasmin Pacheco, da Escola Osvaldo Camargo, Jhulia Silva, do Ciep Morada do Vale I, Luisa Fernandes, da Antônio Gomes Corrêa, John Abel, do Instituto Federal e um dos mentores, Gabriel Novakovski

Quando é anunciada a presença da equipe 1772 numa competição da First de robótica, em qualquer parte do planeta, a concorrência treme na base, como se diz popularmente. É que a equipe de Gravataí, a Trail Blazers, é literalmente uma papa-prêmios.

E não foi diferente neste ano quando participou da First Robótica Competition, no Canadá, onde abocanhou o segundo lugar mas saiu como a grande vencedora por ter conquistado, também, o Woodie Flowers Award e o Chaiman's Award. Este último considerado o mais importante.

Aliás, o Chaiman's Award também representou a conquista do passaporte para uma nova disputa, a partir do próximo dia 18, nos Estados Unidos.

Patrocinada desde 2007 pelo Instituto General Motors (principal apoiador) mais as empresas Dow e Novelis, a equipe Trail Blazers foi criada em maio de 2005. Prestes, portanto, a completar 13 anos. Surgiu na escola Heitor Villa Lobos e tem, atualmente, 35 integrantes.

A sede atual do time fica em um dos prédios da Associação dos Funcionários da General Motors, dentro do complexo da GM. É lá que estão os outros robôs construídos e levados para as outras disputas das quais já participaram. Ou o que sobrou deles.

É onde, também, estão os banners referentes aos prêmios conquistados, os troféus e medalhas recebidas. É o local onde a coordenação, os mentores e os alunos participantes se reúnem para avaliar o trabalho realizado, planejar os próximos passos e, a cada começo de ano, se jogar na execução do que exige a coordenação da First.

— No primeiro final de semana de janeiro a First divulga o vídeo sobre a competição do ano. Daí a gente tem seis semanas para estudar, planejar e executar um robô capaz de executar as tarefas conforme a exigência da organização — explica o mentor Gabriel Novakovski, formado em Análise e Desenvolvimento de Sistemas pela Qi de Gravataí.

 

Rumo ao Texas

 

Na galeria dos prêmios já são contabilizados mais de 30 prêmios. Como o terceiro lugar conquistado em Nova Iorque quando o time nem tinha saído, ainda, da pequena sala que ocupava na Escola Heitor Villa Lobos. A Trail Blazers é um dos nove times – apenas nove! – do Brasil. Dois deles no Rio Grande do Sul. O outro, em Novo Hamburgo.

As equipes brasileiras participam das regionais – como a deste ano no Canadá – nas quais são definidos os times que vão para as finais, a Championship, neste ano em Houston, Estados Unidos.

Da regional do Canadá, de acordo com o coordenador da Trail, o técnico em eletrônica e estagiário em Engenharia Elétrica pela Pontifícia Universidade Católica (PUC), Maicon Albuquerque de Lima, participaram também times de Santa Catarina e Paraná (Brasil), de Las Vegas (Estados Unidos), da Austrália e China, entre outros.

 

Escola pública

 

A Trail Blazers, que nasceu dentro de uma escola pública, continua sendo um programa voltado aos alunos das escolas públicas.

— É o primeiro deste gênero em toda a América Latina — pontua Maicon, lembrando que neste mês (abril) estão abertas as inscrições para seis novos integrantes para atuar, prioritariamente, nas áreas de comunicação e mecânica do grupo.

A exigência para admissão do estudante é que ele esteja cursando o Ensino Médio ou concluindo o Fundamental, com no mínimo 14 anos, com assiduidade e dedicação comprovadas na escola. Por dedicação,  leia-se ‘boas notas’.

O objetivo principal do programa é promover, entre os participantes, o aprendizado em matemática, física, engenharia, ciência e tecnologia, bem como incentivar o trabalho em equipe e preparar para uma carreira profissional futura que pode ser, ou não, ligada à área da robótica.

 

IMPORTANTE

A First Robotics Competition – FRC – é a maior competição de robótica do mundo. Ao todo, até chegar à competição final, são realizadas cerca de 150 regionais no mundo todo, como foi a do Canadá. A maioria delas acontece nos Estados Unidos.

 

 

NO CANADÁ

 

: A equipe de Gravataí foi vice-campeã da regional realizada em Montreal, no Canadá.

: Além de finalista, a Trail Blazers conquistou dois dos principais prêmios da competição:

— Woodie Flowers Award, conquistado por um dos mentores da Trail Blazers, Ezequiel Mross Ferreira (prêmio para os melhores mentores da First, que são aqueles que se dedicam à equipe, têm senso de liderança e que melhor inspiram os alunos)

— Chairman's Award (prêmio de maior prestígio da competição, dado à equipe que mais dissemina o espírito e os objetivos da First, servindo de exemplo para outras equipes.

: Como consequência deste último prêmio (Chaiman's Award), a equipe ganhou vaga na etapa mundial da competição que ocorrerá em Houston (Texas, Estados Unidos),  de 18 a 21 deste mês.

 

: Time Trail Blazers de Gravataí com a premiação obtida no Canadá

 

A competição

 

: O jogo deste ano, desenvolvido pela First, se chamou Power Up e foi lançado dia 6 de janeiro no Kick-off de 2018.

: Com temática árcade, consistiu em duas alianças de robôs dispostas a concluir tarefas e avançar em direção ao "Chefão" da partida.

: As equipes tinham Power Cubes que foram usados para aumentar a pontuação em diferentes mecanismos e acionar botões de poderes estratégicos.

: No centro havia uma balança com duas plataformas, e a equipe que conseguisse  empilhar mais cubos na sua plataforma de domínio obteria pontos a seu favor.

: O mesmo valia para as outras duas balanças existentes próximas a cada base de equipe.

: Para usar os poderes de pontuação, deveriam ser entregue no Vault, os Power Cubes, que seriam administrados para as seguintes habilidades:

– Boost que multiplica pontos obtidos;

– Force para tomar posse de alguma balança;

– Levitate, usado no último desafio do jogo, onde se deveria escalar em um suporte de dois metros de altura. O Levitate faria com que um robô que não efetuou a tarefa obtivesse os pontos da mesma e pudesse vencer o "Grande Chefe".

 

: Na foto, Exodia, o robô levado pela Trail para a regional do Canadá

 

O Chairman's Award

 

1

É o prêmio de maior prestígio na competição, consagrado à equipe que é espelho para todas as demais equipes, que utiliza os recursos da First como ferramenta para inspirar jovens, solucionar problemas na comunidade, fazer crescer as aéreas de Steam e apresentar robótica às pessoas da sociedade.

 

2

Ganhar um prêmio como este é o resultado de uma longa jornada realizando diversos projetos, eventos, workshops e palestras, entre outras atividades. O prêmio é tão significativo e importante que classificou a equipe 1772 – The Brazilian Trail Blazers – para o mundial.

 

No ano passado

 

1

Em março de 2017 a equipe The Brazilian Trail Blazers participou pela primeira vez de uma competição na Austrália.

 

2

Eles conquistaram o primeiro lugar da competição juntamente com os times FRC Team 4613 – Barker Redbacks e Team 6523 – Condobolin.

 

3

Além disso ganhou o prêmio Industrial Design Award, patrocinado pela parceira da Trail Blazers, a General Motors.

 

4

Uma das nossas alunas integrante do grupo, Gabriela Tomaz, foi reconhecida com o prêmio de Dean's List.

 

Confira no vídeo abaixo a reportagem do Seguinte: com parte do grupo da Trail Blazer.

 

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