A Secretaria de Saúde de Gravataí está em alerta desde o primeiro diagnóstico na região metropolitana da variante BQ.1 da covid-19.
– O paciente não é de Gravataí. Mas estamos mobilizados e recomendamos a vacinação. A procura ainda é pequena pela quarta dose. Tanto que já estamos vacinando pessoas acima de 21 anos. A recomendação é vacinar, vacinar, vacinar – informou ao Seguinte:, nesta segunda-feira, o secretário da Saúde Régis Fonseca.
– Conversei com técnicos e o que se sabe é a que variante é semelhante à ômicrom: bastante contagiosa, mas com baixa incidência de casos graves – acrescenta.
Nos últimos 7 dias Gravataí registrou um caso de infecção a cada 24h (39.534) e nenhuma morte. Para efeitos de comparação, no pico da covid, entre março e abril de 2021, seis gravataienses perdiam a vida a cada dia, e 300 eram diagnosticados com o novo coronavírus.
A média em Gravataí tem sido de um óbito a cada 7 dias. Já são 1.086 vidas perdidas desde março de 2020, quando foi detectado o ‘paciente zero’ no Brasil.
Conforme nota da Secretaria Estadual da Saúde, “o cenário epidemiológico da covid no Rio Grande do Sul é considerado estável”, apesar da alta de casos em outros estados e no exterior. A China, por exemplo, mesmo com a política de ‘covid zero’, com lockdowns, restrições sanitárias e uso de máscaras, registra nos últimos 7 dias o maior número de casos nos últimos seis meses.
Conforme especialista ouvidos por GZH hoje, a medida fundamental é manter o esquema vacinal completo contra a doença. Quem ainda tem doses faltando deve procurar uma unidade de saúde.
– A vacina é a arma que temos contra a evolução para as formas mais graves da covid. Quanto maior o número de doses que a pessoa tiver, melhor – disse Eduardo Sprinz, médico infectologista e chefe do Serviço de Infectologia do Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA), explicando que variantes como BQ.1 e XBB apresentam mutações capazes de driblar as defesas do sistema imunológico.
– Neste momento, não há incremento no número de casos novos. Imaginamos que vá acontecer, mas sabe-se lá qual a magnitude (do impacto) das novas subvariantes em uma população parcialmente protegida – concluiu o infectologista, recomendando o uso de máscaras por idosos e pacientes com comorbidades, além dos imunocomprometidos.
Ao fim, como analisei em A ‘ideologia da ciência’: 1.086 gravataienses já perderam a vida para covid; Não fosse a vacina e o ‘fica em casa’, seriam mais de 2 mil, graças à ‘ideologia da ciência’ a covid-19 está controlada em Gravataí, e tivemos 60% a menos de vidas perdidas do que potencialmente era projetado num cenário sem vacinas e lockdowns à brasileira.
Obrigado à excelência da vacinação pela Secretaria da Saúde e a todas as campanhas incentivando os gravataienses a buscar a imunização.
Por justiça, obrigado também ao hoje vilão para muitos: o ‘fica em casa’.
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