A Prefeitura postou release que, aposto, pouco mediram a importância: Gravataí atingiu 105% da meta de cobertura vacinal contra o sarampo, na faixa etária até 1 ano, 11 meses e 29 dias de idade. A meta estipulada pelo Ministério Público é de 95% para este público-alvo.
Em tempos onde terraplanistas se reúnem em São Paulo e a questão é: “como, se a Terra é redonda, as pessoas não caem de cabeça para baixo?”, é uma meta e tanto.
Vivemos dias de negação da ciência, de fake news.
No Brasil é possível que meia dúzia de municípios tenham atingido os 105% aqui da aldeia.
E há um hiato da inteligência que remete a 1998, quando o médico Andrew Wakefield apresentou estudo associando o uso da vacina Tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola) ao autismo em crianças.
O estudo, publicado pela revista The Lancet, foi desmarcarado como fraude. E por interesses financeiros!
Não é querer ser o ‘Comentador Geral da Aldeia’, mas há ações fadadas a restar invisíveis e que merecem aplausos.
– O movimento antivacina é uma ameaça à saúde da população, visto que poderá reverter o progresso que já foi alcançado no combate às doenças preveníveis por imunização, a exemplo do sarampo – disse o secretário da Saúde de Gravataí, Jean Piery Torman, em nota postada no site da Prefeitura, nas qual observa que “a vacina é a maneira mais efetiva para prevenir surtos de doenças imunopreviníveis”.
A rede pública de saúde de Gravataí disponibiliza as vacinas contra o sarampo à população de 6 meses a 49 anos de idade e para profissionais de saúde. Neste mês de novembro, o público-alvo são os jovens adultos, de 20 a 29 anos. Quem ainda não se vacinou deve procurar a unidade básica de saúde mais próxima da sua residência ou função laboral, com a carteira de vacinação. O Dia D para esta faixa etária é 30 de novembro.
Ao fim, parabéns aos que governam Gravataí. Ideologia, tosca ou civilizada, não evita o sarampo. Não façam crianças, suas ou dos vizinhos, sofrerem com sua loucura conspiratória.