Uma boa notícia frente aos números assustadores do ‘verão da COVID-19’ é que, ainda no governo Marco Alba, Gravataí prepara uma licitação para comprar insumos necessários para uma campanha de vacinação contra o novo coronavírus.
Ainda sem dimensionar o investimento, a confirmação foi dada pelo secretário da Saúde Jean Torman após consulta do Seguinte:. A ideia é comprar equipamentos, como seringas e freezers, além de EPIs, os equipamentos de proteção individual para os profissionais de saúde.
Sobre a compra de vacinas o prefeito eleito Luiz Zaffalon aguarda definições da Anvisa e do governo federal sobre o plano de vacinação.
– Dinheiro não será problema – já garantiu, em Zaffa garante prioridade para vacina contra COVID em Gravataí; ’Não farei demagogia, nem politização’.
Nesta quinta, o ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou governadores e prefeitos de todo o Brasil a adquirir vacinas registradas por autoridades sanitárias estrangeiras, caso a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) não dê aval ao imunizante estrangeiro dentro de um prazo de 72 horas.
A medida pode ser tomada em caso de descumprimento do plano nacional de vacinação por parte do governo Jair Bolsonaro.
Os números de hoje seguem o ‘F5 do horror’. É só atualizar o site oficial da Prefeitura com dados da pandemia para verificar que os casos de infectados crescem assustadoramente em Gravataí, no Rio Grande do Sul e no Brasil que registrou 1000 mortes em 24h.
Em 20 dias são 1.631 casos e 32 mortes em Gravataí. Corresponde a mais de 81 infectados a cada 24h e uma morte a cada 2 dias. É como se, ao fim de duas partidas de futebol, tivéssemos um novo diagnóstico positivo. São índices que se aproximam do ‘pico’ de julho.
No total desde o primeiro caso em 22 de março são 9.204 infectados e 218 vidas perdidas em Gravataí.
A taxa de ocupação de leitos na Região 10, a qual pertence Gravataí, segue a mesma progressão. Há 20 dias era de 81.2% no SUS e 102.1 na rede privada. Hoje 83.6% em hospitais SUS e 91.6% em hospitais privados.
Em Gravataí, os 10 leitos de UTI do Hospital de Campanha estão lotados, assim como os 10 do Hospital Dom João Becker. Dos 12 leitos intermediários, há apenas 2 disponíveis neste momento.
Dos 9 leitos de UTI da emergência não-covid há apenas um disponível. Os 14 leitos de enfermaria estão ocupados e há 32 pessoas em macas, cadeiras de todas ou em pé, escoradas na parede.
Nada diferente do que mostrei em O ‘finalzinho da pandemia’ em Gravataí: mais de 1000 casos em 15 dias, ultrapassamos as 200 mortes e as UTIs estão superlotadas.
Ao fim, culpe quem quiser, do político ao pastor, da prostituta ao bebum, do filho à vovó, mas cuide-se. Aqui fica o apelo de alguém que, ao lado da companheira, precisou de quase 30 dias para se recuperar da infecção. Negar a pandemia é ser covidiota. Quem são? Do que se alimentam? Siga os comentários.
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