Jones Martins não quer falar no assunto, mas é o nome do líder da bancada do PMDB na Câmara Federal, Baleia Rossi, para assumir o Ministério do Desenvolvimento Social (MDS) quando Osmar Terra se desincompatibilizar para concorrer à reeleição – o que deve acontecer antes do prazo de 5 de abril exigido pela lei eleitoral.
Já deu no Painel da Folha de São Paulo e na Coluna do Estadão. E o MDS é cargo de indicação da bancada.
– É óbvio que fico feliz com o prestígio, mas neste momento estou focado no mandato e na eleição de 2018 – despistou há pouco, ao conversar com o Seguinte: de Brasília, o deputado federal que para ser o primeiro ministro da história de Gravataí teria que desistir de concorrer nas eleições de outubro.
Hoje considerado o ‘ficha 1’ para sucessão de Marco Alba em 2020, Jones já prepara uma campanha que tem como pilares a articulação que levou ao lançamento da pedra fundamental do Hospital do Câncer junto Grupo Hospital Conceição e a liberação de R$ 60 milhões em emendas e recursos como os que aumentaram em R$ 1 milhão por mês os repasses para saúde em Gravataí.
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Além de ser o preferido de um dos deputados mais influentes do partido em Brasília, pesa a favor de Jones a relação que tem com o ministro-chefe da Casa Civil e número 1 de Temer, Eliseu Padilha, nesta semana designado pelo presidente para conversar com ministros para ver quem fica, ou quem sai para concorrer, e com partidos para saber os nomes cotados como indicações para ocupar os cargos.
Jones entrou no radar de Temer e do círculo mais próximo do Palácio do Planalto ao fazer o que poucos fizeram à época: defender Temer em plenário, quando explodiram pedidos de renúncia nos dias subsequentes à revelação das denúncias dos magnatas caipiras da JBS, além de ter aceitado a indicação feita por Baleia para ser apresentado entre os nomes para relatoria da primeira comissão que analisaria o pedido de impeachment, quando havia uma disputa silenciosa dentro do partido e da base de governo.
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Também por indicação de Baleia, foi um dos ‘fiscais’ em plenário da derrubada da ameaça de cassação de Temer, de quem, pela fidelidade, ouviu elogios por telefone e pessoalmente.
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– As chances estão em 50 a 50 – conta um deputado ouvido pelo Seguinte:, que pede anonimato mas confirma as articulações que percorrem os tapetes verdes da Câmara Federal e os azuis do Senado, antes de chegar aos vermelhos do Palácio do Planalto.
Se Jones subir para o Planalto, e o atual ministro descer para a campanha na planície, cresce a possibilidade de uma dobradinha em Gravataí entre Osmar e Patrícia Alba, esposa do prefeito que concorre à Assembleia Legislativa.
Patrícia, Osmar e Marco certamente já devem ter conversado sobre esse plano B nos dois jantares que tiveram nos últimos dias: um em Torres, no congresso da Famurs, outro em Porto Alegre, em evento da revista Voto.
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