crise do coronavírus

Gravataí próxima da bandeira preta com 1,65 mortes por 24h; ’Uma bala basta, o resto é vontade de matar’

Oito a cada 10 UTIs estão ocupadas na Região 10, à qual pertencem Gravataí, Cachoeirinha e Glorinha

Gravataí está próxima da bandeira preta, como Pelotas e Bagé. A confirmação foi dada ao Seguinte: no fim da tarde desta segunda pelo secretário municipal da Saúde, Jean Torman. A classificação de altíssimo risco epidemiológico para COVID-19 pode provocar um lockdown, um ‘fecha-tudo’, um ‘baixa-grade’, uma tragédia econômica. Reputo a culpa não está só nos covidiotas da mesa ao lado.

– Estamos mais próximos da bandeira preta do que da laranja – é o alerta do secretário, frente à uma ‘ideologia dos números’ que é assustadora.

No contador das infecções e vidas perdidas, onde basta dar F5 no site da Prefeitura para ver a progressão e a mortalidade da infecção, o dia vai fechar com pelo menos 8.729 casos e 218 mortes.

Por dia são 60 infectados identificados e 1.65 óbitos. No ‘pico’ de julho eram 2 mortes a cada 24h. O ‘platô’, da ‘estabilidade’ entre setembro e novembro, que sempre comparei tinha a altura do Morro Itacolomi, registrava 1 morte por dia.

– Estamos próximos ao pico de julho e agosto. Mas o mais grave é que hoje sofremos com falta de leitos e UTIs – lamenta o secretário.

É uma das consequências de, quando a pandemia ‘cansou’, e índices reduziram, hospitais de campanha, e leitos, terem fechados no Rio Grande do Sul, conta que não pode ser cobrada dos prefeitos de Gravataí, Marco Alba, e de Cachoeirinha, Miki Breier, que seguem com seus HCs abertos.

Fato é que, agora, retoma-se a corrida pelos respiradores, os 20 ocupados neste instante no Dom João Becker e no Hospital de Campanha de Gravataí.

– As internações também tem sido mais longas – informa o secretário, atestando a realidade de que ainda não há tratamento eficaz, mesmo nove meses após o primeiro caso da pandemia.

Jean Torman pede atenção a todos:

– Não acredito que restringir atividades resolva. Precisamos é todos tomar cuidado de distanciamento e higiene. Não é uma coisa passageira.

Ao fim, inegáveis são, em 20 dias, 1.156 casos e 33 mortes. Já tinha tratado disso sextas em O ‘finalzinho da pandemia’ em Gravataí: mais de 1000 casos em 15 dias, ultrapassamos as 200 mortes e as UTIs estão superlotadas, o que provocou bastante polêmica em grupos no Grande Tribunal das Redes Sociais.

Para covidiotas – que como lembrei em  COVID vs. H1N1: Gravataí já responde por 1 a cada 4 mortes projetadas por Bolsonaro para todo Brasil acreditaram no deprimente da república, que dizia que teríamos apenas 800 mortes em TODO BRASIL, e seguem defendendo o indefensável, mesmo frente à dor e as consequências sociais de 181.460 óbitos registrados e 6.903.833 infectados – lembro Clarice Lispector:

– Uma bala bastava. O resto era vontade de matar.

Um feliz Natal e Ano Novo sem vacina e, e em 2022, um bom comício sobre cadáveres, porque você gosta do que o seu 'mito' tem de pior.

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