O que antes era recomendação, agora é ordem. A prefeitura de Gravataí atualizou os decretos que regulamentam o funcionamento de estabelecimentos comerciais e outros espaços coletivos, sejam públicos ou privados. O fechamento do shopping center e dos centros comerciais da cidade, antes recomendação, agora é norma obrigatória. Estão incluídas na proibição as academias, os centros de treinamento, centros de ginástica, clubes sociais, cinemas, centros culturais, bibliotecas, teatros, museus e a realização de cultos religiosos. A medida vale a partir do próximo sábado (21).
O novo documento determina que, escolas particulares, cursos, universidades e faculdades devem ser mantidos fechados.
No caso do shopping, apenas farmácias, clínicas de atendimento na área da saúde, supermercados, restaurantes e locais de alimentação poderão manter as atividades.
Acompanhando legislação federal, os servidores municipais estão liberados para trabalharem em regime de revezamento ou remotamente. Nada muda para a realização de shows, brinquedotecas, espaços infantis, playgrounds, espaços de jogos e casas noturnas.
O governo atualiza suas diretrizes de combate ao vírus menos de 24 horas depois de divulgadas. E faz bem.
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Justifico:
A crise exige movimentos rápidos, a cada dia surgem novas informações, multiplicam-se o número de casos – que se aproximam cada vez mais de Gravataí. Todo remédio que aparecer deve ser usado, mesmo que o gosto seja amargo.
Nas guerras da antiguidade, a mais ingrata das funções era a do mensageiro, que pagava com a própria vida pelo mau presságio que transmitia. Há quem tema pelos efeitos das medidas adotas aqui – a exemplo de Porto Alegre –, mas ninguém discorda do perigo que é o covid-19 – em sã consciência, pelo menos, não deveria.
Apesar de não ser um hábito capitalista, agora, a vida vem em primeiro lugar, a economia depois.
Casos "vizinhos"
Porto Alegre já tem pelo menos 28 casos de infecção pelo coronavírus. Na tarde desta quinta-feira, o primeiro registro, envolvendo uma jovem de apenas 24 anos, foi confirmado em Alvorada. Pipocam a cada hora as estatísticas – sempre crescentes – no Rio Grande do Sul.
Está na hora da população levar esta crise a sério.
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