A volta às aulas acontece nesta segunda, 8, em Gravataí, com apresentação das escolas às famílias que decidirão se enviam filhos às aulas presenciais dia 18 ou recebem educação remota como no 2020 de pandemia. O prefeito Luiz Zaffalon e a secretária da Educação Sônia Oliveira detalharam o ‘modelo híbrido’ em live transmitida pelo Facebook da Prefeitura na noite deste domingo.
– Dirijo-me à família de Gravataí: tenham toda tranquilidade para enviar os filhos à escola. Ninguém será obrigado, mas garantiremos a segurança – disse Zaffa, citando recomendações da OMS e da Unicef para volta às aulas presenciais seguindo cuidados sanitários.
O prefeito disse não ter identificado no mundo indicadores que comprovem que a volta gradual às salas de aulas leve a um aumento de infecções e vidas perdidas pela COVID-19.
– Garantiremos segurança aos professores e poderemos devolver às crianças a necessária volta à escola, que é um espaço de aprendizagem, formação e socialização, além de, para alunos mais pobres, por vezes ser a melhor refeição do dia – disse, argumentando estar “pensando nas crianças”.
A secretária da Educação explicou como vai funcionar o ‘modelo híbrido’. Conforme ela as escolas dividirão turmas em grupos presenciais e remotos, intercalando aulas, com 50% de ocupação e distanciamento de 1,5 metro.
– Compramos EPIs necessários. Sábado chegaram todos – informou Sônia Oliveira.
Nas duas primeiras semanas as escolas serão abertas para grupos de professores, funcionários, alunos e um responsável por família para mostrar as condições das escolas, cuidados necessários e o plano de educação.
– As famílias farão a opção por mandar ou não o aluno para escola. Ninguém vai perder a vaga na escola por decidir não enviar o aluno à sala de aula. As atividades remotas continuarão a ser entregues – reforçou a secretária.
– As aulas presenciais, de fato, retornam dia 18 – concluiu o prefeito.
Assista detalhes na live e, abaixo, concluo
Sigo eu.
Se a seção de comentário da live serve de termômetro, o apoio foi pequeno à volta às aulas. Talvez a sensação mude quando as famílias testemunharem os cuidados sanitários projetados pela Prefeitura e ouvirem relato da prática pelos professores.
Já analisei a polêmica, o dilema, na manhã deste domingo em Professores não querem voltar às aulas segunda; Em Gravataí, na Justiça, em Cachoeirinha greve.
Como antecipei, o SPMG/Sindicato ingressou na Justiça de Gravataí com pedido de suspensão da volta às aulas. A presidente Vitalina Gonçalves confirmou há pouco. No Fórum, não há decisão até o fechamento deste artigo.
Ao fim, acompanhemos esse acontecimento que reputo o mais importante do ano, porque grande parte da população de Gravataí, como já tratei em Acho arriscado volta às aulas dia 8 em Gravataí; São 90 mil pessoas-alvo.
A volta às aulas não se resume ao primeiro dia.
Principalmente porque não estamos em um país ‘de primeiro mundo’, mesmo que as condições das escolas de Gravataí sejam bem acima da média brasileira.
A ‘ideologia dos números’ deste domingo, 7 de fevereiro de 2021, aponta para 12.515 infectados desde março do ano passado e 279 óbitos. Nesta primeira semana são 413 casos e 3 mortes.
Na Região 10, à qual pertence Gravataí no Distanciamento Controlado do Governo do RS, a ocupação de UTIs covid é de 78.1%. No Hospital de Campanha e no Dom João Becker, 94.7, com 18 das 19 UTIs ocupadas e 19 dos 25 respiradores em uso.
Que sejam apenas catastrofistas os especialistas preocupados com o vírus e suas mutações, o que tratei em Pandemia piorou em janeiro em Gravataí; O tsunami chegando.
LEIA TAMBÉM
Os 50 covidiotas de Gravataí que não quiseram a vacina; Quem usa o SUS merece os nomes
