RAFAEL MARTINELLI

Gravataiense está a 20 Km dos bombardeios israelenses que já mataram brasileiros no Líbano; As pequenas Alessandras

Rafaeli e a filha Alessandra, no Líbano

O gravataiense Rafaeli Marques, a esposa libanesa Maribel e a filha Alessandra, 2 anos, estão a 20 quilômetros dos bombardeios israelenses que já mataram dois brasileiros no Líbano. A família, que mora desde 2017 em Jounieh, na região de Kazakhstan, próximo à capital Beirute, observa o avanço do conflito e não descarta deixar o país.

– A situação ainda continua instável, apesar de parecer mais amena após a morte de Hassan Nasrallah (líder de longa data do Hezbollah) – contou ao Seguinte: nesta terça-feira, o auxiliar de enfermagem formado pelo Dom Feliciano, por quase uma década agente comunitário da Prefeitura de Gravataí, ex-presidente do Conselho Municipal de Saúde e que trabalha em uma clinica libanesa de reabilitação de idosos.

– O sentimento que percebi nos últimos dias no país foi de comoção pelo assassinato, sentida até por cristãos. Muitos o admiravam pelo Hezbollah ter um papel de defesa do Líbano, por ter uma força armada mais forte que a do governo libanês – relata.

– Não percebo sentimento de revolta na minha região. Há sim preocupação com uma invasão israelense por terra e o que isso pode causar – alerta, contando que o noticiário é de bombardeios localizados, o último no centro da capital Beirute.

– No momento só testemunho sons que mostram a presença de aviões israelenses. E chama atenção a grande movimentação de pessoas do sul fugindo da guerra – conta, diferenciando sua região, ao norte, do sul sob o domínio do Hezbollah.

– Apesar disso tudo, nossa família está bem. Atentos e adotando algumas preocupações. Sairemos somente se for necessário, caso a guerra fuja do controle e estações de energia, estradas e outras instalações sejam destruídas. No momento não é possível. Além da dificuldade de conseguir vôos, muitos cancelados, as passagens aéreas saltaram de preço. Para deixarmos o país, só resgatados pelo governo brasileiro – diz, sobre na operação que é montada pelo Itamaraty para socorrer os 20 mil brasileiros que vivem no Líbano.

Rafaeli conta que a Embaixada do Brasil em Beirute já disponibilizou um formulário para os brasileiros. O governo Lula também negocia um corredor humanitário por países vizinhos como Síria ou Jordânia.


A história de amor entre Rafaeli e Maribel, que começou em 2014 em um relacionamento pela internet e culminou em um casamento e no nascimento da filha Alessandra, em 2022, “no Dia da Padroeira do Brasil, Nossa Senhora Aparecida”, como gosta de contar, já foi contada pelo Seguinte: nas reportagens Gravataiense casa vizinho da guerra na Síria e Deu match! Gravataí e Líbano unidos pela internet.

– Pesa também nossas vidas aqui, nosso trabalho, nossa casa e a família da minha esposa. Transmita minhas saudações a Gravataí – resigna-se, e envia o vídeo abaixo, com a filhinha de dois anos cantando e brincando na sala de casa, ainda segura, mas a uma distância entre Porto Alegre e Florianópolis da Palestina, onde, e aqui vai opinião minha, crianças, ‘pequenas Alessandras’, são alvos diários do terrorismo de estado cometido pelo governo racista de Benjamin Netanyahu, pela desproporcionalidade tão criminoso quanto o Hamas em seu atentado contra Israel, que completa um ano dia 7.

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