desejo azul

Gremistas entregam alegria para crianças com doenças graves

Voluntários do Instituto Desejo Azul contemplam crianças e adolescentes que têm alguma doença grave com a camiseta do Grêmio, visita à Arena ou até mesmo para assistir a uma partida do time do coração.

Fazer o bem sem olhar a quem.

A velha máxima que vem, segundo dizem, dos tempos bíblicos sem que seu verdadeiro autor seja conhecido, tem nos tempos modernos uma palavra que a define: solidariedade! É praticar uma ação, estender a mão, ajudar de alguma forma uma pessoa que necessita de apoio espiritual-emocional ou, mesmo, material.

É o que pratica um grupo de pessoas que faz parte do Instituto Desejo Azul, criado há cerca de 10 anos e que ostenta a bandeira – e tem apoio – do Grêmio Foot-Ball Porto Alegrense, equipe com sede no bairro Humaitá, na capital dos gaúchos, e cujo estádio – na verdade uma arena! – é vista por todos os que passam pela Freeway.

O idealizador do Desejo Azul, e coordenador-geral do projeto, Eduardo Caminha, conta que a vontade de participar e praticar uma ação “do bem” já envolve pessoas de várias cidades do Rio Grande do Sul. E por aqui, na aldeia dos anjos, não foi difícil encontrar voluntários que fazem parte da proposta e já realizaram ações solidárias.

— Hoje o Desejo Azul atende em Porto Alegre e Grande Porto Alegre, e já temos registros de ações que foram realizadas em Caxias do Sul, Santa Maria, Lajeado, Encantado, Erechim e Rio Grande — conta Caminha.

 

A ação

 

De acordo com o coordenador, as ações atendem desejos de crianças e adolescentes de três a 17 anos que enfrentam algum tipo de doença grave e constam, basicamente, da doação de camisetas do clube, visitação à Arena ou assistir a jogos do Grêmio. São crianças gremistas, obviamente, que manifestam algum tipo de vontade relacionada ao clube.

A coordenação aciona os colaboradores ou convida pessoas para serem padrinhos. Elas adquirem uma camiseta do Desejo Azul e recebem outra, do Grêmio, que pode até ser autografada por algum dos jogadores. O padrinho leva esta camiseta a quem pediu. Ou com mais pessoas trata de realizar o sonho da criança de assistir a uma partida do time do coração, por exemplo.

— No final de 2010 assisti a uma reportagem na televisão em que um menino chamado Rafael reagia à doença – tinha câncer – clínica e animicamente, ele correspondia melhor ao tratamento, sempre que ouvia o hino do Grêmio — diz o coordenador.

Algum tempo mais tarde Eduardo leu uma reportagem sobre a Fundação Make-a-Wish (faça, ou realize, um desejo) dos Estados Unidos que realiza ações deste tipo e se espalha por diversos países, inclusive no Brasil. Foi o ‘start’ para a criação do Desejo Azul.

— Daí eu pensei: se o Rafael fica bem escutando o hino do Grêmio e se tem um instituto que organiza e realiza ações como esse, norte-americano, por que nós não trabalhamos esta grande paixão chamada Grêmio e levamos alegria e momentos bons, positivos, para quem enfrenta dificuldades?

 

: Eduardo Caminha, idealizador e coordenador do projeto desejo Azul

 

: Na aldeia dos anjos: Vanessa, Fátima, Jorge Tafras e Lucinara

 

OS NÚMEROS

 

: O Desejo Azul já realizou 1.360 ações beneficiando crianças e adolescentes do Rio Grande do Sul, portadoras de algum tipo de doença grave.

: De acordo com o coordenador Eduardo Caminha, o Desejo Azul tem cadastrados atualmente cerca de 1.750 voluntários de várias cidades do estado.

 

Para quem quer ser voluntário

 

No Facebook: Instituto Desejo Azul

No Instagram: institutodesejoazul

No telefone: (51) 9.9901.2040

Página na internet: Instituto Desejo Azul

No Twitter: Instituto Desejo Azul

Pelo e-mail: contato@desejoazul.org

 

Confira no vídeo a reportagem do Seguinte: sobre o projeto Desejo Azul.

 

Na aldeia dos anjos

 

O projeto acabou chegando a Gravataí pelas mãos do – atualmente aposentado – Jorge Tafras. Ou com a colaboração dele. Como bom e apaixonado gremista, Tafras começou a divulgar o Desejo Azul fazendo uso da internet, entre amigos, páginas do clube e grupo de mensagens instantâneas.

O número de pessoas engajadas, em Gravataí, ainda é pequeno. Segundo Jorge Tafras, embora não exista um cadastro oficial dos padrinhos-madrinhas-colaboradores, na cidade, devem ser entre 15 e 20 os participantes. Neste sentido ele apela para que mais pessoas despertem para o Desejo Azul.

— O custo é mínimo e a satisfação é enorme. Eu faço um apelo para que as pessoas conheçam o projeto e façam parte do Desejo Azul. É a oportunidade que temos de doar um pouco da gente para crianças que realmente precisam, que têm doenças graves — diz Jorge Tafras.

 

As abnegadas

 

FÁTIMA MARILU MACHADO

Diarista

Gremista desde que nasceu

Moradora de Gravataí há 45 anos

Participa do projeto há um ano

— Participar do Desejo Azul faz a gente se sentir bem. As crianças, as pessoas que acompanham, ficam numa alegria imensa em estar lá (na Arena) participando, assistindo. Ao final a gente percebe que não é nós que estamos fazendo o bem para estas pessoas, é para a gente mesmo, pela satisfação que sentimos

 

LUCINARA DOS SANTOS MACHADO

Professora aposentada

Gremista desde sempre

Moradora de Gravataí há 57 anos

Participa do Desejo Azul há cerca de um ano

— Participar nos dá um prazer enorme, uma satisfação muito gostosa por poder ajudar as crianças, ver a alegria deles e a gratidão que eles manifestam. As pessoas que participam, assim como aquelas que são contempladas e seus familiares, se emocionam com estas ações. Me sinto muito realizada.

 

VANESSA CRISTINA ROGELIN

Assistente administrativa

Gremista de nascimento

Moradora de Gravataí há 36 anos

Participa do projeto há um ano

— Estar no Desejo Azul tem um significado muito grande, de gratidão por fazer algo por alguém, por tornar útil a vida da gente. Eu sei, e sinto, que a minha vida agora tem uma finalidade, que eu sei usar para o bem de pessoas que precisam, principalmente crianças que estão numa situação tão delicada por enfrentarem doenças graves.

 

 

 

 

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