RAFAEL MARTINELLI

Greve dos ônibus metropolitanos foi debelada com subsídios estaduais e sinalização de aumento de tarifas

A audiência foi conduzida pelo vice-presidente do Tribunal, desembargador Alexandre Corrêa da Cruz, com a participação da juíza auxiliar da vice-presidência, Luciana Caringi Xavier, e do Ministério Público do Trabalho, com o procurador regional Marcelo Goulart

Sob garantia de subsídios públicos e sinalização de aumento de tarifas, estacionou o risco de greve dos rodoviários de Gravataí, Cachoeirinha e região metropolitana.

Acordo foi firmado, sob mediação do Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região (TRT-RS), entre sindicato, empresas de ônibus e o governo estadual.

A sessão, a quinta desde 4 de outubro, assegura o reajuste salarial dos trabalhadores.

Siga os encaminhamentos e, abaixo, concluo.

1. Data para repasse estadual: O Estado informou que o decreto regulamentador da Lei Estadual 16.195/2024 será publicado até 20/12/2024. A partir disso, os valores serão liberados para as empresas, conforme exigências legais, até o final do ano.

2. Reajuste salarial e retroativos: As empresas se comprometeram a implementar o reajuste salarial na folha de dezembro de 2024, com pagamento até 08/01/2025. O pagamento dos retroativos será efetuado até dois dias úteis após a liberação dos valores pelo Estado. 

3. 13º salário: As empresas garantiram que a segunda parcela do 13º salário será paga dentro do prazo legal.

4. Reajuste tarifário: A Metroplan informou que pretende implementar o reajuste tarifário de 2024 até 01/02/2025, caso haja concordância do Governo do Estado.

5. Manutenção das atividades: Os sindicatos defenderão junto à categoria que não ocorram paralisações até dois dias úteis após o repasse dos recursos públicos, com tolerância até 06/01/2025. Caso não haja pagamento, as medidas cabíveis serão tomadas.  

Sigo eu.

Detalhes sobre a reivindicação salarial e os subsídios já tratei em Paralisar ônibus de toda região metropolitana sem aviso é jogar contra o sindicalismo e o consagrado direito de greve.

A novidade é a sinalização de aumento das tarifas.

Ao fim, desde sempre é assim. O caos criado pela paralisação de segunda-feira, se prejudicou os usuários, ajudou sindicato e empresas: os subsídios públicos foram autorizados, além dos cerca de R$ 100 milhões liberados desde a pandemia, e, possivelmente, teremos aumento de tarifas.

Quem paga a conta são sempre os mesmos.

E pouco se fala sobre soluções para o futuro do transporte coletivo, um sistema falido e sem itinerário para saída da crise.

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