Sob garantia de subsídios públicos e sinalização de aumento de tarifas, estacionou o risco de greve dos rodoviários de Gravataí, Cachoeirinha e região metropolitana.
Acordo foi firmado, sob mediação do Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região (TRT-RS), entre sindicato, empresas de ônibus e o governo estadual.
A sessão, a quinta desde 4 de outubro, assegura o reajuste salarial dos trabalhadores.
Siga os encaminhamentos e, abaixo, concluo.
1. Data para repasse estadual: O Estado informou que o decreto regulamentador da Lei Estadual 16.195/2024 será publicado até 20/12/2024. A partir disso, os valores serão liberados para as empresas, conforme exigências legais, até o final do ano.
2. Reajuste salarial e retroativos: As empresas se comprometeram a implementar o reajuste salarial na folha de dezembro de 2024, com pagamento até 08/01/2025. O pagamento dos retroativos será efetuado até dois dias úteis após a liberação dos valores pelo Estado.
3. 13º salário: As empresas garantiram que a segunda parcela do 13º salário será paga dentro do prazo legal.
4. Reajuste tarifário: A Metroplan informou que pretende implementar o reajuste tarifário de 2024 até 01/02/2025, caso haja concordância do Governo do Estado.
5. Manutenção das atividades: Os sindicatos defenderão junto à categoria que não ocorram paralisações até dois dias úteis após o repasse dos recursos públicos, com tolerância até 06/01/2025. Caso não haja pagamento, as medidas cabíveis serão tomadas.
Sigo eu.
Detalhes sobre a reivindicação salarial e os subsídios já tratei em Paralisar ônibus de toda região metropolitana sem aviso é jogar contra o sindicalismo e o consagrado direito de greve.
A novidade é a sinalização de aumento das tarifas.
Ao fim, desde sempre é assim. O caos criado pela paralisação de segunda-feira, se prejudicou os usuários, ajudou sindicato e empresas: os subsídios públicos foram autorizados, além dos cerca de R$ 100 milhões liberados desde a pandemia, e, possivelmente, teremos aumento de tarifas.
Quem paga a conta são sempre os mesmos.
E pouco se fala sobre soluções para o futuro do transporte coletivo, um sistema falido e sem itinerário para saída da crise.