O funcionalismo público municipal de Cachoeirinha está em greve. A paralisação começou na manhã de hoje (6/3) e é um protesto contra as medidas contidas no ‘pacotaçõ’ do prefeito Miki Breier (PSB) aprovada na Câmara de Vereadores no dia 24 de fevereiro, sexta-feira de carnaval.
O movimento foi decidido em assembleia promovida pelo Sindicato dos Municipários de Cachoeirnha (Simca) na quinta passada, dia 2, com a presença de quase 400 servidores na quadra coberta da escola Carlos Wilkens.
Hoje pela manhã a greve do funcionalismo foi mais sentida nas escolas da rede municipal de ensino. Em todas elas foram promovidas reuniões, chamadas pelo Simca de assembleias, com a finalidade de explicar o movimento à comunidade.
Índice de adesão
Agora há pouco o presidente do Simca, o professor Guilherme Runge, disse ao Seguinte: que ainda não tinha um levantamento apontando o índice de adesão à greve do funcionalismo de Cachoeirinha.
Dos aproximadamente 3.500 servidores municipais, segundo Runge, pelo menos 60%, ou cerca de 2.100 funcionários, são sindicalizados. Entretanto, ele espera que em torno de 90% do total da categoria tenha aderido à greve.
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Receptividade
O presidente do Sindicato dos Municipários também falou que o movimento está sendo bem recebido pela população. As reuniões de hoje foram realizadas, segundo Guilherme Runge, em mais de 30 escolas da rede.
— Em todas as escolas, pelo que ficamos sabendo, a comunidade tem sido bastante receptiva e está apoiando a greve porque entende as razões do movimento — afirmou.
Ele também disse que estão sendo montadas comissões para discussão do movimento com a administração municipal e que pais e mães de alunos estão se disponibilizando a integrar estas comissões para sentar à mesa com os representantes da Prefeitura.
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Convocação
O funcionalismo de Cachoeirinha, através do Sindicato, entregou na sexta-feira passada, dia 3, um documento endereçado ao prefeito Miki Breier com os principais pontos reivindicados pela categoria.
: Documento do Simca foi entregue na sexta-feira no gabinete do prefeito Miki Breier
Na semana passada o presidente do Simca disse que a paralisação é por tempo indeterminado e que a categoria somente vai voltar ao trabalho após a revogação do pacote com medidas que cortou vantagens agregadas ao salário dos funcionários.
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