RELIGIÃO

Gravataí celebra cultura afro-brasileira com carreata e homenagens a Ogum e São Jorge

Encerrando uma semana dedicada às celebrações de São Jorge e Ogum, símbolos de fé e resistência nas religiões de matriz afro-brasileira, Gravataí promoveu neste domingo uma carreata e cerimônias em homenagem aos santos guerreiros. Organizado pela Prefeitura e pelo Conselho Municipal do Povo de Terreiro, o evento reuniu centenas de devotos, autoridades e representantes culturais, reforçando o compromisso da cidade com a diversidade religiosa.

A tradicional carreata partiu do pórtico da parada 61, percorrendo as principais vias da cidade, e seguiu até o Parcão da parada 79, local que já abrigava celebrações desde o início da manhã. O vice-prefeito, Dr. Levi Melo, destacou a importância da iniciativa: “Gravataí pulsa cultura. Promover atividades como essas é ressaltar o trabalho feito há quatro anos na cidade, além de valorizar as casas de terreiro, que são parte fundamental de nossa identidade”.

No Parcão, os participantes foram recebidos com rituais de limpeza energética, sessões de tarô e apresentações de capoeira, que animaram o espaço ao longo do dia. Durante a cerimônia oficial, Fernando de Xangô, presidente do Conselho Municipal do Povo de Terreiro, enalteceu a união entre poder público e comunidades religiosas: “Gravataí está de parabéns pelo apoio às manifestações de fé. Isso fortalece não apenas nossas tradições, mas toda a cultura local”.

O evento contou ainda com a presença de secretários municipais, como Evandro Soares (Governança e Comunicação) e Aurelise Braun (Educação), além de Ângela Xavier, coordenadora da Casa de Cultura, e Tiago Dias, diretor de Infraestrutura. A participação de grupos de capoeira e a integração entre diferentes segmentos da sociedade marcaram a celebração, vista como um marco na promoção da igualdade religiosa.


Legado e Reconhecimento

As homenagens a Ogum e São Jorge, sincretizados na umbanda e no candomblé como divindades da guerra e da proteção, refletem a riqueza cultural de Gravataí, que abriga um expressivo número de terreiros. Para os organizadores, a iniciativa não apenas celebra a espiritualidade, mas também combate a intolerância, transformando a cidade em exemplo de respeito às tradições afro-brasileiras.

Com música, dança e fé, o encerramento da semana deixou claro: em Gravataí, a cultura de terreiro é patrimônio vivo.

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