Limitada praticamente aos ‘pobres inundados de sempre’, Gravataí resta em um círculo menor do inferno dantesco que afoga municípios vizinhos. Há, porém, efeitos colaterais da catástrofe climática. Um é na saúde: a cada quatro pessoas atendidas pelo Hospital Dom João Becker (HDJB), uma vem de outro município.
Conforme levantamento feito pela Santa Casa para o Seguinte:, entre os dias 1º e 23 de maio, dos 5.739 atendimentos nas emergências SUS e convênio 74,96% tinham domicílio em Gravataí e 25,04% em outros municípios.
Nas unidades de internação, 78,09% eram de Gravataí e 21,91% de outros municípios.
Para efeito de comparação, no mesmo período do ano passado, entre os 6.503 atendimentos, 81,39% eram moradores de Gravataí e 18,60% de outros municípios.
Fato é que, com os problemas causados pela enchente, o Becker tem sido um dos principais centros hospitalares para atendimento de pacientes dos municípios da Grande Porto Alegre como Canoas, Alvorada, Eldorado do Sul, Porto Alegre e Cachoeirinha.
E, mesmo com colaboradores afetados pelas inundações, diretamente com casas alagadas ou com dificuldades de deslocamento, o hospital tem mantido as equipes praticamente completas, sem comprometer o atendimento.
– O Dom João Becker se tornou uma importante referência em saúde nesse momento e temos consciência dessa responsabilidade – disse ao Seguinte: o superintendente, Antonio Weston.