governo marco

Incendiando a turma

Marco assina ordem de início de sede própria dos bombeiros em área cedida pela Prefeitura

Um Marco Alba sorridente e em forma comandou o espetáculo na tarde de hoje, na cerimônia da ordem de início da construção do quartel do Corpo de Bombeiros, obra de cerca de R$ 1 milhão que será erguida na beira da faixa, na parada 74.

Irrequieto, orientou o cerimonial a chamar gente para o palco, arrumou a ordem de convidados nas fotos e brincou com o som, que falhava a todo instante.

– ZZZZZZZZZ – emitiu um ruído com a boca, ao pegar o microfone.

– Ficaram faceiros, né? – riu.

E esquentou os companheiros de governo e simpatizantes, da nova e velha guarda de Gravataí, com um discurso que mostra que, como ele mesmo fala “o futuro já começou”. E outubro é logo ali. Com brilho nos olhos, e em alta voz, Marco, a cada escapada do protocolo, se teleportava dois meses além e parecia em campanha. Estava ao lado do top 10 para ser seu vice, o vereador Paulinho da Farmácia (PMDB), e sob os olhares, a uns 10 metros, de Francisco Pinho (PSDB) e do candidato que o vice-prefeito gostaria que estivesse em seu lugar na chapa da reeleição, o vereador Beto Pereira.

– Não governamos para a próxima eleição, não somos oportunistas que usam do dinheiro público e das estruturas públicas pensando apenas em se manter no poder.

– Nosso amor é por fazer as coisas acontecerem, não amor de época de eleição – discursou.

Pouco antes, sob os olhares do comandante dos bombeiros gaúchos Adriano Ferreira, do comandante regional Darlan da Silva, e do comandante de Gravataí, o citadino Daniel Borges Moreno, Marco tinha ouvido do coronel Flávio Lopes, o coordenador do Funrebom (o fundo que capta recursos para os bombeiros), que quando ele, Marco, era secretário da Indústria e Comércio do governo Abílio dos Santos, assinou o primeiro convênio formal da Prefeitura com os Bombeiros.

E, agora como prefeito, era o primeiro a repassar religiosamente R$ 20 mil mensais para o Consepro, o conselho pró-segurança pública que ajuda a Brigada Militar e a Polícia Civil com emergências como gasolina e consertos de viaturas.

– Assim vou ficando vaidoso, porque além dessas histórias, lembro que em 90, era vereador e, como relator, inseri na Lei Orgânica Municipal a obrigatoriedade de dar uniforme para os alunos da rede municipal. Ninguém cumpriu. Mais de 20 anos depois, precisei ser prefeito para entregar roupas a 27 mil crianças.

– E é bom dizer que eu quis ser prefeito, eu pedi bastante e eu gosto – reforçou, afastando fofocas de que pode anunciar a qualquer momento que não concorre à reeleição.

Marco criticou o histórico Gre-Nal – ao modo hooligan – da política de Gravataí.

 – Fizemos um letreiro na entrada da cidade, que nem chamo de pórtico, e criticaram, dizendo que não estava certinho na divisa. Como sou chato, perfeccionista e tenho pavor de errar, fui lá contar os passos e deu 300 metros.

– E, dia desses, viajei até Gramado, aproveitando que casei bem e a cunhada tem casa lá, e vi que o pórtico fica a 18km da cidade. Mas devem reclamar lá também… – ironizou.

– Em Gravataí, aos que nada fizeram não basta criticar, com justiça, o que não foi feito. Eles também têm que criticar o que foi, ou está sendo feito. Falta mais alegria e mais esperança pra gente! – apelou.

Marco fez questão de levar para a mesa da assinatura personagens históricos da aldeia, como o comerciante Albrecht Schot e o empresário do ramo imobiliário Romeu Pessato, além de citar outras personalidades que acompanhavam o ato, como Oracides Garbini e Rudimar Zanetti, do Consepro, e os advogados Roberto Bastiani e Antoninho Juarez.

– Fui pedreiro, da época em que para fazer massa se queimava cal em buracos de dois por dois, então sei que essa obra não fica pronta este ano – apontou.

 

 

Ó, o Décio ali ó!

 

Mas a figura que desencadeou uma série de cutucões de cotovelo e “ó, ó, quem chegou!”, foi Décio Becker, acompanhado do também empresário da cidade e diretor do Esporte Clube Cruzeiro Edmundo Tremea. É que há menos de um mês o dono da Carlos Becker Metalúrgica e do Cerâmica Atlético Clube presidia o PDT de Daniel Bordignon, adversário histórico de Marco. E, no sábado, foi notícia do SEGUINTE: ao, no aniversário de Humberto Reis, abrir apoio ao novo presidente e afilhado para vice de Bordignon.

Mas, como alertamos na reportagem, Décio hoje faz política por esporte. E no time dos casados.

– Estou fora de tudo. Quando quiserem ir a Torres fazer uma matéria com um aposentado exilado na praia, estou à disposição – brincou.

– Não estarei em nenhuma campanha política – encerrou.

E o Humberto?

– É meu amigo. Acho que será um bom vice para o Bordignon. Se eu apoio? Sempre apoio os amigos – respondeu, e seguiu entre conversas de risadas e abraços calorosos e surpresos no sol ameno do meio da tarde, num bolinho de fim de festa onde brincava e gesticulava bastante o prefeito Marco Alba.

 

: O empresário Décio Becker, o advogado Roberto Bastiani e o prefeito Marco Alba

Participe de nossos canais e assine nossa NewsLetter

Facebook
WhatsApp
Twitter
LinkedIn
Pinterest

Conteúdo relacionado

Receba nossa News

Publicidade