SAUL TEIXEIRA

Inter consagra “nova cultura” e oxigena sonho do Tetra. É possível?

Em pontos corridos, é vencer ou vencer! Mais do que garantir os primeiros três pontos no Brasileirão 2024, a vitória de virada sobre o Bahia, no Beira-Rio, cumpre outras tarefas para o Colorado: distensiona o ambiente interno, arrefece o “burburinho” das arquibancadas e oxigena os sonhos da temporada.

Na etapa final, os ingressos de Bruno Henrique, Wesley, Lucas Alário, Gustavo Prado e Mercado ilustram a principal credencial colorada em 2024: as opções em qualidade e quantidade no elenco! Estrela da companhia, Enner Valência segue como desfalque. Em seu lugar atuou Rafael Santos Borré. Embora o colombiano esteja tropeçando na falta de ritmo, eis mais um emblema da “nova cultura”. Campeonato se vence com grupo, não apenas com time.

Wesley candidatou-se à titularidade. Jogou pelos dois flancos, participou das tarefas de recomposição e apareceu como dublê de centroavante para empatar o duelo. Portanto, nada mais justifica a “cadeira cativa” de Wanderson entre os que iniciam. O camisa 11 seguirá sendo útil, claro, mas não como “dono absoluto” da ponta-esquerda.

Repertório! Discordo de quem aponta a falta de alternativas táticas como problema do time de Eduardo Coudet. É claro que num futebol cada vez mais equilibrado e com ausência de espaços, quanto mais opções a engrenagem tiver, melhor. Mas, observemos. Os dois principais desenhos adotados pelo treinador já garantem rotinas de ataque interessantes, como ocorrido frente ao Bahia. O time tem jogado com dois centroavantes ou com apenas um atleta na referência.

No jogo de sábado, Maurício foi camisa 7, 10 e segundo atacante. O posicionamento distinto dos jogadores durante as partidas também garantem certo grau de imprevisibilidade. Vide o citado gol de Wesley. Ainda na tática, Fabrício Bustos poderia aproveitar melhor os generosos espaços que a mecânica garante, né?

Partiu para o outro lado da moeda…

Aliás, Eduardo Coudet não lida nada bem com as críticas, né? Pela segunda vez, apela para os palavrões para defender-se. Certamente, as objeções seriam menores se a equipe tivesse vencido o campeonato gaúcho e/ou atuado melhor nos dois empates contra os frágeis adversários enfrentados até agora na Copa Sul-americana. O professor queria elogios, flores e chocolates?

Para o futuro breve, um debate se impõe… Talvez com Valência, a dupla de ataque surta efeito. Sem ele, a presença de 2 centroavantes não tem se justificado. Todos os escalados atualmente são parecidos em características. Talvez seja o momento de fortalecer a meia-cancha e liberar mais os meias e pontas, né? Sobretudo para partidas “duríssimas” fora de casa. É o caso do Palmeiras, quarta-feira (17/4) próxima.

Que venha a próxima final. Em que pese o clichê, é fato: em pontos corridos cada jogo é uma decisão. Sonhar é dever. É preciso. Boa sorte à nação colorada.

O Tetra é possível!!!!

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