SAUL TEIXEIRA

Inter desperdiça “tempo” e vira refém da mesmice

No calendário mais apertado do mundo, o Inter de Mano Menezes teve uma semana cheia de trabalho. Embora o período também tenha comportado folga e atividades físicas, o colorado poderia ter demonstrado alguma evolução em mecânica, desenho, tática, ação coletiva.

O desafio da hora é encaixar Enner Valencia na equipe? Discordo! A missão do momento é redesenhar o time para potencializar a qualidade do camisa 13. O 4-2-3-1 expirou o prazo de validade. É bananeira que não dá mais cacho. Bateu no teto há horas!!! Ainda mais sem Maurício que, pelo menos na nossa singela visão, é o ponto de equilíbrio ofensivo do time. Sem ele, até Alan Patrick é menos.

Contra o Palmeiras, pelo menos Enner não precisou participar das tarefas mais pesadas de recomposição. E teve liberdade para deixar a área: obrigá-lo a jogar de costas todo o tempo seria mais que desperdício, seria “rasgar dinheiro”. Mas ainda é pouco, bem pouco, quase nada!

Nos últimos 3 jogos foram míseros 2 pontos conquistados e, o pior, com desempenho paupérrimo e nenhum gol marcado. O resultado contra o Palmeiras, na letra fria do placar, não é nenhum absurdo. Mesmo sem Rony e Dudu. Mas o que espanta é a falta de Futebol Além do Resultado. O Inter 2023 é um deserto de ideias.

Treinador treina, comentarista comenta e, no nosso caso, pitaqueiro pitaca. Então partiu…

Com rigorosamente os mesmos jogadores escolhidos por Mano frente ao Verdão, seria possível desenhos alternativos para elevar a força coletiva e, consequentemente, potencializar as individualidades.

O 3-5-2 com Renê como zagueiro à esquerda e De Pena como ala no mesmo lado seria um deles. Seria muito mais racional que escalar o uruguaio “todo torto” como como meia-ponta dublê de Maurício. Defensivamente, migração para linha de 5.

A outra opção seria o 4-3-1-2 ou meio-campo em losango. Rômulo à frente da zaga, Aránguiz e De Pena numa linha adiante e Alan Patrick como enganche. Na migração defensiva? Poderia ser 4-1-4-1 com Wanderson e Aránguiz pelos lados ou 4-4-2 deixando Alan Patrick com Enner à frente.

Nas singelas alternativas acima, eis o maior mérito: Enner como segundo atacante ou como 9 de movimentação. No primeiro caso, com Luiz Adriano como parceiro de ataque. No segundo, com Wanderson. Sem Alemão, negociado com o futebol Mexicano, não seria nenhum absurdo se Lucca assumisse um lugar entre os 11. Se o critério fosse exclusivamente “bola atual”, o camisa 45 estaria à frente.

Com Enne & Lucca, o time poderia ganhar em movimentação, velocidade e imprevisibilidade ofensiva. Wanderson e Luiz Adriano estão jogando “apenas” pelo contracheque.

Deixemos a província momentaneamente de lado e observemos os exemplos atuais de sucesso. Olhemos para cima na geografia. Chegaremos facilmente ao São Paulo de Dorival Júnior. Goleou o Santos no mesmo domingo e despachou o próprio Palmeiras da Copa do Brasil na última semana.

Questionamos: individualmente, o time do São Paulo é superior ao time do Internacional??? A resposta é óbvia. Sonoro NÃO!!!!! A diferença, entretanto, tem sido a cada vez mais necessária “mão do treinador” no futebol contemporâneo marcado pela negação de espaços.

Oportunidade ou ironia: o Inter de Mano Menezes novamente terá semana “cheia de trabalho”. Nos próximos 2 finais de semana, duelos contra Bragantino e Cuiabá. Portanto, se quiser almejar algo na Liga Nacional, os 6 pontos são inadiáveis. Intransferíveis. Inegociáveis. Talvez sejam marco também para a comissão técnica.

O Inter deve e pode jogar beeeeeeeem mais! Pitaqueiro pitaca e treinador deve treinar…

Boa sorte à Nação Vermelho e Branco!!!

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