O Inter de Roger Machado transformou a Arena em Beira-Rio. O Colorado desfilou excelência na primeira partida da final do Gauchão 2025. Sobrou em perfomance, desempenho e repertório!
No primeiro tempo, com atuação propositiva e ilustrada pelos gols da vitória: um pelo lado direito e outro pelo flanco canhoto. No segundo, aula de negação de espaços, inclusive terminando a partida com três volantes e variação para três zagueiros. Atuação sólida, madura e consistente.
O colorado confirmou o favoritismo dentro de campo, calou 50 mil rivais, manteve o favoritismo no campeonato, deu um senhor passo rumo ao lugar mais alto do pódio e, consequentemente, para a defesa “histórica” do Octampeonato.
A vitória ilustra a força do tempo no futebol de primeiro nível. Triunfo do time que joga a mais tempo junto e, também por isso, dispõe de estrutura tática superior – mesmo com a equipe bastante diferente daquela que terminou 2024. No Grêmio, bons reforços chegaram, mas ainda não existe “mecânica coletiva”.
É justamente o coletivo que potencializa o individual! E nisso, o colorado dispõe do único extraclasse em atividade no Sul do país: Alan Patrick. O camisa 10 devolveu naturalidade à engrenagem, chegou aos 5 gols em gre-nais e ostenta números pra lá de favoráveis no duelo citadino: 11 grenais, com 7 vitórias e 1 empate. No clássico 445, menções honrosas também para Fernando, Vitão e Carbonero.
Pelo lado tricolor, o pulso segue pulsando ancorado na histórica imortalidade. A mesma que garantiu vaga à final, classificação na Copa do Brasil e a não derrota no primeiro Gre-Nal do ano. No jogo do Beira-Rio, será preciso “pensar fora da caixa”. Três atacantes? Talvez, mas não esqueçamos que futebol se ganha, se perde e se empata é no meio-campo.
“Humildade e pés no chão”. A mensagem de Roger Machado na coletiva pós-jogo é um resumo perfeito do desafio colorado na preparação para a finalíssima. Futebol profissional não permite desaforos. Ainda mais contra o Grêmio. Ainda mais no maior clássico do Planeta Bola!