O favoritismo, após a vitória na primeira partida, fala “chiado” ainda mais alto. Com os titulares, o Flamengo tem míseras cinco derrotas em 2025. Por dois gols de diferença, então, só foi batido pelo Bayern de Munique no Mundial de Clubes. Mas é possível sonhar!
Ainda sobre o primeiro jogo…
Não era qualquer adversário, muito pelo contrário. Com apoio de 60 mil torcedores, o Flamengo honrou a superioridade na etapa inicial, mesmo com desfalques consideráveis, como Arrascaeta. Um “atropelo” de posse, volume e marcação avançada. Entretanto, o gol só saiu na famigerada bola parada.
Poxa, Colorado! Não bastassem todas as adversidades impostas pelo “azar” no sorteio? A jogada aérea é uma mácula que se repete no currículo de Roger Machado. Muitos treinadores “táticos” negligenciam o expediente nos treinamentos ou não o tratam com a devida atenção. Será?
Entendo o sofrimento da nação colorada nos primeiros 45 minutos. Mas não podemos ignorar o contexto. Muitas vezes “analisamos o jogo” como se não houvesse um desafiante do outro lado. E era simplesmente o melhor time do continente jogando em seus domínios.
Após “resistir” na etapa inicial — muito bem postado defensivamente, mas sem conseguir reter a posse, tampouco explorar os contragolpes —, o Inter voltou com outra postura do intervalo. Condizente com a sua grandeza e com o apoio levado pela torcida ao Rio de Janeiro.
Linhas mais avançadas, variação tática para 4-1-3-2 e consolidação dos três novos titulares da temporada: Alan Rodríguez, Bruno Tabata e Ricardo Mathias — repetindo o encaixe coletivo que originou a vitória e a boa jornada contra o Bragantino no último sábado, no interior paulista.
Com o trio, a régua de qualidade subiu consideravelmente. A engrenagem de meia-cancha mudou da água para o vinho na comparação com os duelos contra o Fluminense, por exemplo. Eis um ponto que ajuda a embalar o “sonho” chamado Libertadores!
Como o futebol é dinâmico, não? Que partidaça de Thiago Maia como camisa 5! Por outro lado, os laterais Aguirre e, sobretudo, Bernabei não estiveram em suas melhores jornadas. O canhoto, aliás, não acerta “nada” há tempos.
O apoio da dupla é fundamental para que os gols voltem à rotina do time. Por maior que tenha sido a mudança de postura, o Colorado segue ameaçando pouco a meta adversária. Com as subidas de Aguirre, Bruno Tabata tem liberdade para atuar mais centralizado, endossando o pitaco dos parágrafos anteriores.
Outro mérito do segundo tempo foram as poucas chances cedidas ao contra-ataque quase mortal do rubro-negro. Na exceção, Sérgio Rochet impediu o gol de Luiz Araújo. Se quiser dar vida ao sonho, terá que ser assim ou melhor no Beira-Rio.
É muito difícil e até pouco provável. Mas o Inter está mais vivo do que nunca. Contra o mesmo adversário, desta vez pelo Brasileirão, eu escalaria o time C no domingo. Paciência. Não tem como querer omelete sem sacrificar os ovos, né?
O Inter mostrou evolução após o insucesso na Copa do Brasil. A partida derradeira será no Beira-Rio. O Flamengo, embora de esmagadora superioridade, encontra-se em reconstrução. Não esqueçamos da magia que somente o futebol é capaz de oferecer.
Dito isso, oremos! Pelo sucesso do Rio Grande do Sul na maior das Américas…