Jones Martins (PMDB), de Gravataí, e José Stédile (PSB), de Cachoeirinha, foram favoráveis à intervenção federal no Rio de Janeiro, em votação que terminou na madrugada desta terça.
O Seguinte: ouviu os deputados federais agora há pouco.
– É só ver na TV a situação de caos e descontrole que vive o Rio. O próprio governador, a autoridade máxima do estado, reconheceu isso publicamente. O poder institucional não está conseguindo vencer a criminalidade – resumiu Jones, de Brasília.
O advogado confia que a intervenção terá dois momentos:
– No primeiro, o Exército na rua trará sensação de segurança à população. No segundo, as forças de inteligência chegarão aos chefes das quadrilhas. Como está não dá para ficar. A guerra contra a criminalidade estava sendo perdida.
Stédile votou a favor, mas é mais cético em relação à intervenção:
– Votei a favor para tentar uma solução, apesar de acreditar que é muito grande a chance de não dar certo. Mas não podemos tirar a expectativa da população de que as forças armadas devolverão a sensação de segurança ao país, porque é um problema não só do Rio – argumentou o ex-prefeito, enquanto embarcava no avião na capital federal para um bate e volta no Rio Grande do Sul.
– É claro que tem uma jogada do governo Temer, para tirar o foco da reforma da previdência, a qual não consegue os votos para aprovar. Mas a situação no Rio é grave demais para não se tentar o que for possível. A intervenção necessária lá não é só militar, mas política. O que será quando o exército for embora, infelizmente não sabemos.
A VOTAÇÃO
Depois de mais de 6 horas de discussão, a Câmara dos Deputados confirmou, na madrugada desta terça-feira (20), a intervenção federal na segurança pública do estado do Rio de Janeiro. O decreto assinado pelo presidente Michel Temer teve 340 votos favoráveis, 72 votos contrários e uma abstenção. O texto, que você lê clicando aqui, segue agora para o Senado Federal na forma do Projeto de Decreto Legislativo (PDC) 886/18.
Para saber todos os votos clique aqui.
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