CULTURA

Isabel ‘Memória de Cachoeirinha’ Mombach é anunciada patrona da 37ª Feira do Livro

A escritora e professora Isabel Cristina Camboim Mombach foi oficialmente anunciada como patrona da 37ª Feira do Livro de Cachoeirinha. A revelação foi feita pelo secretário municipal de Cultura, Esporte e Lazer, Ildo Júnior, em evento no gabinete da pasta.

A Feira, que ocorrerá de 15 a 20 de maio no Parcão Municipal, terá como figura central uma das maiores guardiãs da memória da cidade: autora da obra “Memória de Cachoeirinha”, Isabel carrega em sua trajetória décadas de dedicação à educação e à preservação da identidade local.

Trajetória: da sala de aula às páginas da História

Natural de Arroio dos Ratos, Isabel mudou-se para Cachoeirinha aos três anos, onde construiu raízes. Estudou no Grupo Escolar Quitandinha, Parque Brasília, e na Escola Presidente Kennedy. Formou-se em Geografia pela PUC e especializou-se em Geografia Urbana na UFRGS, bases que orientaram sua carreira como educadora em instituições como o Colégio Agrícola Daniel de Oliveira Paiva, a EMEF Fidel Zanchetta e a Escola Granja Esperança, além de atuar como coordenadora de Estudos Sociais na Secretaria de Educação.

Sua ligação com a cidade transcendeu as salas de aula. Em 1991, durante as comemorações do Jubileu de Prata (25 anos) do município, lançou “Memória de Cachoeirinha”, obra seminal que resgata a história local desde os primeiros habitantes indígenas, passando pela sesmaria de João Baptista Soares e Souza no século XIX, até as lutas por infraestrutura, as enchentes históricas — como a de 1941 — e a construção do Dique. O livro, fruto de dois anos de pesquisa (1989-1990) em arquivos, jornais e entrevistas, permanece referência para entender a evolução socioeconômica da região.

“Um registro que segue vivo”, afirma a autora

Em declaração durante o anúncio, Isabel destacou a importância de preservar a memória coletiva: “O livro inicia relembrando que Cachoeirinha pertencia a Gravataí, à Aldeia dos Anjos. Os primeiros ocupantes foram os índios, e depois veio a sesmaria, o loteamento das terras sem estrutura… O povo que chegou aqui lutou por água, luz, escolas. As enchentes marcaram vidas, mas também a resistência para construir o Dique. Passados mais de 30 anos, essa história ainda ajuda a interpretar quem somos”, refletiu.

Além desta obra, a autora coescreveu um livro sobre os 25 anos da Escola Granja Esperança, onde lecionou, reforçando seu compromisso com a educação e a documentação histórica.

Feira do Livro: celebração comunitária

A 37ª edição da Feira, que ocorrerá no Parcão Municipal, promove uma semana de imersão literária, com debates, lançamentos e atividades culturais. A escolha de Isabel como patrona ressalta o tema da identidade local. “É uma honra representar tantas vozes que construíram Cachoeirinha. Que esta Feira inspire novos leitores e escritores a valorizarem nossas raízes”, concluiu a homenageada.

Com Isabel Mombach no papel de patrona, a Feira do Livro de 2025 não apenas celebra a literatura, mas também entrelaça passado e presente, convidando a comunidade a reconhecer-se em suas próprias narrativas.

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