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Já tem data o início do fim de Daniel e Rosane Bordignon no PDT de Gravataí. Após uma ligação do prefeito para a presidente Anabel Lorenzi, a Executiva Municipal do partido aprovou conversar com Luiz Zaffalon (MDB) sobre uma reforma da previdência – que apavora o funcionalismo, como tratei em artigos como Professores de Gravataí pedem suspensão de aulas presenciais; O que decidiu assembleia e Greve à vista em Gravataí e Cachoeirinha; Sanitária, por volta às aulas, e pelo bolso, por reforma da previdência.
E agora, ‘Bordignons’?
Faço a seguir uma análise lógica, a partir de duas 'pautas-bomba' de Gravataí.
Salvo engano, pelo que apurei é a segunda derrota do casal em um mesmo dia, já que eram favoráveis ao PDT obrigar os vereadores a votar contra a ‘pauta-bomba da Sogil’, o que não aconteceu, já que dos três Dilamar Soares e Thiago De Leon foram contrários e Bino Lunardi a favor – como o Seguinte: reportou após a votação na noite de ontem em Vereadores de Gravataí aprovam subsídio de 5 milhões ao transporte público: passagem fica congelada em 4,80; Siga os votos.
Coerentes são os professores, não só com a categoria que representam, mas também politicamente e com o corno ao qual sempre foram identificados na ferradura ideológica, já que em suas manifestações públicas não foram ‘Tabatas Amaral’ na votação de reforma da previdência nacional; e o projeto do governo de Gravataí é um Control C + Control V da Emenda Constitucional 103/2019.
Não analiso neste artigo se é certo ou errado, e sim projeto se Dilamar e De Leon serão tábatas. O primeiro provavelmente sim, por convicção; o segundo não, se convicção faltar por pressão de seus eleitores e do Grande Tribunal das Redes Sociais.
Bino Lunardi seguirá votando com o governo, conforme acertou logo após a eleição.
Anabel, indissossiável do título de 'Esquerdista do Ano', ficará 'entre san juan y mendoza', mas sempre com a garantia de ser contra pautas impulares sob a grife da rosa do PDT.
Enfim, os 'Bordignons' não influenciam mais nada no minguante, ou ascendente, PDT da aldeia.
Ok, e então, para onde vão o popular ex-prefeito e a candidata a prefeita que fez 44 mil votos em 2017?
Se hackers em uma ‘Operação Aldeia’ vazassem whatsapps do deputado federal Paulo Pimenta (PT), pitbull de Lula, talvez aparecesse em mensagens o sobrenome Bordignon.
Mas também há uma aproximação entre o casal e Cláudio Ávila. Em articulação do líder da bancada do PSD, Rosane ocupa alto cargo na Procuradoria-Geral do governo Miki Breier, como tratei em Ouroborus Gravataí: Cláudio Ávila, Bordignon e o que Lula tem a ver com isso.
E o prefeito de Cachoeirinha, ao lado de seu parceiro político, está cada vez mais próximo ao PSD, como o jornalista Rodrigo Becker revelou no Seguinte:/Canoas em Jairo Jorge articula vinda de Beto Albuquerque para o PSD; pão e vinho sobre a mesa.
A filha, a advogada Danielle Bordignon, por qualidades técnicas inquestionáveis, mas obviamente também por relações de confiança, é hoje uma das estrelas do badalado escritório de advocacia de Cláudio Ávila.
Especula-se também articulem a formação de uma frente de oposição os hoje emedebistas Jones Martins, ex-deputado federal; e os vereadores Clebes Mendes e Nadir Rocha, que formariam a maior bancada da Câmara de Vereadores ao lado de Ávila, Bombeiro Batista e Anna Beatriz.
Nacionalmente o PSD, que sempre descrevo ‘insípido, inodoro e incolor’, e talvez por isso, está se tornando o novo MDB, com lideranças nacionais como Eduardo Paes, prefeito do Rio e, logo mais, Rodrigo Maia.
O que isso tem a ver com a aldeia? Para as eleições futuras, constitui-se um ‘partidão’, com fundo partidário suficiente para enfrentar uma eleição, hoje bancada, por dentro, pelo dinheiro público.
Quem seria o candidato?
Tudo passa por 2022.
Dimas Costa, segundo colocado na eleição para a Prefeitura com 35 mil votos, é candidato a deputado estadual. Eleito, ou não eleito, decide 2024, já que é o Kim Jong-un do PSD, com sua maioria no diretório.
Fato é que, eleito, em acordo onde tenha apoio de seus vereadores, Bordignon, Jones e Cia, Dimas pode resolver cumprir o mandato na Assembleia Legislativa e apoiar Bordignon e Ávila à Prefeitura em 2024 – uma reedição da chapa que venceu a eleição de Marco Alba (MDB) em 2016, mas restou impugnada pela suspensão dos direitos políticos do ex-prefeito.
Pode também ser deputado eleito e candidato a prefeito, com Bordignon vice. Em uma aventura, que afastaria Ávila e Bordignon, pode ser candidato mesmo que não seja eleito em 2022.
Ao fim, certeza apenas é a saída dos ‘Bordignons’ do PDT ainda em 2021 e “Lula-lá!”. De resto, bamboleiam os políticos de oposição, com ou sem voto, conforme o que recomendava o poeta:
Liderar não é nada duro; / As perguntas são todas no presente. / As respostas são todas no futuro.
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