Jack Ritter trocar o PSB pelo Cidadania tem duas conseqüências: não será candidata a vereadora e está disposta a concorrer a prefeita ou vice de alguém na eleição 2020.
A presidente e deputada estadual Any Ortiz veio à Câmara de Cachoeirinha assinar a ficha.
Jack, que era assediada por partidos de diferentes lados na ferradura ideológica, justifica a escolha pelas origens do partido, ex-PCB, e a atual posição de centro.
– São tempos de ódio e sou afeto. Como educadora e lutadora das causas sociais, me atrai o ambiente de pluralidade, distante de radicalismos de esquerda e direita – explica, elogiando a postura de Any, na Assembleia Legislativa, contra privilégios da classe política.
– Não pode sempre estourar no mais fraco. Com seus projetos Any termina com aposentadorias de governadores e deputados. É um símbolo – diz a vereadora que no primeiro mês da legislatura já se rebelou contra o governo do prefeito do próprio partido, votando contra cortes de, para uns direitos, para outros, privilégios do funcionalismo municipal.
Jack evita críticas ao PSB. Usa do domínio da linguagem para, por analogia, critica o governo Miki Breier.
– Nunca desrespeitei nenhuma bandeira do partido. Pelo contrário, me insurgi quando causas que historicamente defendíamos foram esquecidas.
Agora dirigente partidária, Jack corre para montar uma nominata de candidatos à Câmara.
– Já temos nomes de mulheres e homens. Mas, por estratégia, ainda não vou contar quem são – garante.
Ao fim, Jack faz uma escolha que combina com ela. Os flertes com partidos de direita, da ‘Situação B’, assustavam principalmente pessoas próximas a ela. Que ainda se preocupam com a escolha da vereadora, caso não concorra a prefeita, e seja vice de alguém.
Dos nomes colocados até agora, em um casamento político de conveniência, parece-me que os pretendentes ganham mais com Jack, do que Jack ganha junto a eles.