eleições 2018

Jones e Patrícia Alba são as candidaturas do governo

Pré-lançamento das candidaturas de Patrícia e Jones foi na noite fria de quarta no CTG Aldeia dos Anjos

Patrícia Bazotti Alba e Jones Martins são os candidatos do governo Marco Alba. O pré-lançamento das candidaturas a deputada estadual e a deputado federal confirmou isso, na noite desta quarta.

Os cinco vereadores – Alan Vieira, Alex Tavares, Clebes Mendes, Nadir Rocha e Paulinho da Farmácia – estavam no palco do CTG Aldeia dos Anjos, ao lado dos primeiros suplentes Alison Silva e Eduardo Muller, mostrando a unidade do MDB no apoio à dobradinha.

O vice-prefeito Áureo Tedesco – ainda no PSDB – anunciou adesão à campanha.

O ex-prefeito e ex-deputado federal Edir Oliveira (PTB) também compareceu.

Além de representações individuais do interior, delegações de Cachoeirinha, Alvorada e Viamão mostraram os caminhos das candidaturas pela região metropolitana.

Ao fundo do palco, e talvez calculadamente para dar protagonismo a esposa, sem nem mesmo usar a palavra, o prefeito Marco Alba era saudado a cada discurso por sua trajetória e feitos nos cinco anos de gestão frente à prefeitura.

– Chegamos aqui graças ao Marco. E esse projeto vencedor levará a Patrícia para assembléia legislativa, devolverá o Jones para câmara federal em 2018, nos reelegerá à prefeitura em 2020 e fará o Marco governador em 2022 – arrancou aplausos Alex Tavares, o líder do governo na câmara, sinalizando o ambicioso plano político do partido em Gravataí.

– É o prefeito que trouxe a Santa Casa. Só sendo muito secador para não reconhecer que nosso governo está mudando Gravataí – exemplificou Nadir Rocha, duas décadas de câmara, quatro vezes presidente, prefeito interino em 2011 e 2017, e cuja presença era uma das incógnitas da noite: mas o decano do partido no parlamento não só foi, como fez um dos discursos mais comprometidos com o projeto político do grupo que gravita Marco Alba.

Dividindo o microfone e aparecendo em todas as fotos, a potência comunicadora de Gugu Streit, 30 anos de Rádio Farroupilha:

– Gravataí do tamanho que é não pode ficar sem representantes na assembléia e no congresso. Vamos valorizar os candidatos da terra – convocou o radialista que, como aconteceu na reeleição de Marco em 2017, é presença constante nas agendas da campanha em bairros e, principalmente, vilas da cidade e região.

Obviamente, também batia continência no ato o exército político de CCs, tradição de quem está no governo.

Nos discursos, Patrícia e Jones usaram abordagens diferentes.

A advogada, que estréia em uma campanha como protagonista após acompanhar o marido em três eleições para assembléia e cinco à prefeitura, foi leve ao microfone.

Agradeceu a oportunidade a Marco e aos vereadores:

– Para mim já era uma honra ser primeira-dama. Minha candidatura não era um plano, mas foi uma construção a pedido de muitos. Vocês (vereadores) tinham toda legitimidade para estar em meu lugar, o que aumenta minha responsabilidade de bem representá-los e a nosso projeto político.

Ao chamar os filhos ao palco, Patrícia provocou risos ao tirar o capuz de um deles – “respeita a mãe!”, cobrou, quando o adolescente ensaiou vesti-lo novamente – e levou às lágrimas ao pedir desculpas aos cinco pela ausência dela e do pai:

– Vocês nasceram em uma família que se doa para cuidar da cidade e seu povo, então sei que entendem.

Da política, evitou polêmicas de palanque:

– Vivemos uma crise ética, política e econômica. Mas a política é o único caminho e solução – defendeu, flertando com a dicotomia ‘esquerda vs. direita’ apenas ao alertar que o que está ruim, pode piorar:

– Podemos virar uma Venezuela!

Se a primeira-dama circundou a batalha política, Jones, advogado que enfrenta as urnas há 18 anos, foi à guerra, em um discurso ao estilo ‘nós contra eles’: mesmo sem citar nomes, não apenas Lula e o PT, mas Bolsonaro e até forças da oposição em Gravataí, como Daniel Bodignon, suas sucessoras e sucessores, pareciam presentes como alvos – pelo menos subliminarmente.

– As pessoas ligam a TV e se desiludem porque é só roubalheira, Lava Jato… Isso não é política, é coisa de cadeia, de justiça. Precisamos ir às ruas defender a boa política, mostrar que somos de cara e mãos limpas. E convencer as pessoas a acreditar no voto, porque aqueles 30% que querem votar em um presidiário, ou os que gostam daquele que acha que tudo se resolve botando um trabuco na mão de cada pessoa, esses com certeza irão às urnas – bradou.

– Não podemos deixar que os que quebraram Gravataí, o Rio Grande do Sul e Brasil voltem com um modelo que já botou gente na cadeia. Eles já estão por aí, sem Deus no coração, fazendo o que mais sabem fazer, que é mentir. E agora usando as redes sociais para ofender as pessoas de bem – concluiu, construindo uma narrativa semelhante a que, na noite seguinte, Henrique Meirelles usou no lançamento da candidatura do MDB ao Palácio do Planalto, colocando-se e ao grupo político entre “os que não são extrema esquerda, nem extrema direita” e querem “trabalhar pelo Brasil”.

Só já rouco aliviou ao falar das qualidades e do carisma da companheira de dobradinha e sobre o que fez por quase dois anos em Brasília, liberando recursos para a saúde de Gravataí e articulando o início da construção do hospital do câncer junto ao Grupo Hospitalar Conceição, em Porto Alegre.

Ao fim, Patrícia e Jones são os candidatos oficiais do governo de Gravataí, numa união de forças articulada pela habilidade e pragmatismo político de Marco Alba. Cada um do seu jeito: Jones, um político conhecido; Patrícia como a grande novidade da eleição.

 

Participe de nossos canais e assine nossa NewsLetter

Facebook
WhatsApp
Twitter
LinkedIn
Pinterest

Conteúdo relacionado

Receba nossa News

Publicidade