Deputado foi sondado depois que Alceu Moreira, também do PMDB, saiu da lista. Jones leva vantagem por ser um constitucionalista fiel ao Planalto
Em Brasília, se especula que no máximo no final da semana que vem, a Procuradoria Geral da República entregue ao Supremo Tribunal Federal às denúncias que tem contra o presidente Michel Temer no caso do seu envolvimento com a JBS dos irmãos Joesley e Wesley Batista. O consequente pedido de investigação teria que, necessariamente, ser autorizado pela Câmara dos Deputados.
É aí que entra Jones Martins, o deputado federal gaúcho que calhou ao Planalto ser advogado, peemedebista, amigo fiel de Eliseu Padilha e especialista em Direto Constitucional.
Hoje, correu a notícia de que ele pode ser o indicado da bancada para relatar o processo na Comissão de Constituição e Justiça – o primeiro passo para a abertura oficial de um processo contra o presidente da República.
– É tudo muito insipiente ainda, não há nada de concreto – diz.
Nisso, o deputado tem razão: se o pedido de investigação parece certo, a relatoria do caso na CCJ da Câmara não é. Há outros que a querem. Aliados do Planalto dispostos a mostrar serviço, deputados em busca de uma vitrine nacional para um mandato que, em pouco mais de um ano, passa novamente pelo crivo das urnas.
– Quem decide a relatoria é o deputado Rodrigo Pacheco, do PMDB de Minas Gerais – conta Jones.
– Ele é o presidente da Comissão de Justiça.
Mais um motivo para afirmar: hoje, Jones é o ficha 1.
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