Para entender este artigo, é preciso ler o que postei na tarde deste feriado de Tiradentes: Ex-vereador cassado Juca Soares no PP de vice-prefeito, que é delegado, e de secretário da segurança, que é policial civil, consagra o princípio da presunção de inocência em Cachoeirinha. Clicou? Leu por inteiro? Se só tem tempo de TikTok, esquece, vaza – até para não cometer injustiça; o que é sempre pior do que fazer ‘justiça’.
Sigamos.
Marco Barbosa, vereador reeleito e hoje secretário da Segurança do governo Cristian Wasem (MDB), em Cachoeirinha, informa que Juca Soares – vereador cassado eleitoralmente “sob a acusação de ter a campanha eleitoral financiada por facção criminosa” e que responde criminalmente “sob suspeita de ter a campanha financiada pelo irmão que supostamente chefiava facção envolvida com o tráfico de drogas” – foi filiado pelo grupo do vice-prefeito, Delegado João Paulo Martins, não por ele.
– A presunção de inocência que no artigo fazes sobre Juca é tua, particular, tu tens esse entendimento e eu respeito, mas não estou falando sobre isso, e sim sobre a matéria dar a entender que ele está em nosso partido chancelado por ambos, eu e e delegado. Não é verdade. Me causou surpresa essa filiação – disse Marco Barbosa ao Seguinte:, confirmando que ele, com apoio do suplente Uilson Droppa, e João Paulo, se enfrentam em 19 de maio pela presidência do PP.
– Encerramos o processo de filiações dia 19 e me causa surpresa a filiação do grupo liderado por Juca, sem nenhuma discussão. Ele veio pelo grupo do delegado, para apoiar o delegado. Nada contra o ex-vereador Juca, mas como ele responde criminalmente por questões de conhecimento de todos, entendo que deveríamos ter uma discussão mais detalhada – avalia Marco Barbosa, referindo-se à operação que manteve Juca preso por dois anos, e o Seguinte: reportou em Por que vereador de Cachoeirinha foi preso na operação Cidade de Deus.
– Tenho ouvido relatos de movimentos para ganhar a eleição de qualquer forma. É triste para quem pensa em construção partidária. Até o final da semana, de forma transparente e democrática, vamos analisar o que está acontecendo. É um debate interno, mas que tem influência na sociedade como um todo. São os partidos políticos que escolhem seus representantes para oferecer aos eleitores – concluiu.
Ao fim, a pedido, retiro Marco Barbosa do ‘habeas corpus preventivo’ para Juca. Ainda assim, resta o Delegado desde 1985 e que já foi Chefe de Polícia do Rio Grande do Sul.
Só falta João Paulo Martins saltar fora. Aí restará Juca o Tiradentes da vez, o único não perdoado, o condenado à pena de morte política; e da reputação.