RAFAEL MARTINELLI

Justiça de Gravataí começa a ouvir testemunhas em ação de investigação eleitoral por suposto abuso de poder político e econômico por Zaffa

A juíza da 143ª Zona Eleitoral de Gravataí Mariana Aguirres Fachel começou a ouvir nesta semana 16 testemunhas da defesa na Ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE) aceita pela justiça eleitoral para apurar as denúncias de abuso de poder político e econômico e uso abusivo dos meios de comunicação pelo prefeito candidato à reeleição Luiz Zaffalon (PSDB) e o vice Dr. Levi Melo (Podemos).

Depoimentos aconteceram nesta segunda, terça e quarta-feira, no Fórum de Gravataí.

A representação por conduta vedada, feita pela coligação de Marco Alba (MDB), pede a cassação do registro das candidaturas, ou dos diplomas, caso eleitos, além de inelegibilidade por 8 anos.

Também são inclusos nas denúncias os vereadores candidatos à reeleição Alex Peixe (PSDB), Bombeiro Batista (Republicanos) e Clebes Mendes (PSDB), e o candidato a vereador Rafael Oliveira (Podemos).

Patrícia Alba (MDB), deputada estadual e esposa de Marco, que também é advogada, tem participado das inquirições às testemunhas, como parte da acusação.

Revelei com exclusividade o protocolo da AIJE há 20 dias, em Ação judicial de Marco Alba pede cassação das candidaturas de Zaffa, Levi e vereadores em Gravataí; Leia as 70 páginas de denúncias.

No debate da Acigra, nesta segunda-feira, Marco Alba usou suas considerações finais para falar da ação, que descreveu como “coisa séria”, e em entrevista ao Seguinte: ainda no palco do debate, disse: “Ele (Zaffa) nem concorrer vair poder, vai ser cassado”.

Questionado pelo Seguinte: sobre a declaração, o prefeito foi sarcástico:

– Não sabia que ele (Marco) é juiz eleitoral.

Roger Fischer, advogado de Zaffa, assim como na reportagem anterior, disse hoje ao Seguinte: que a defesa só se manifestará nos autos do processo. O defensor não quis fazer previsões sobre a sentença ser proferida pela juíza antes ou depois das eleições.

Janaína Dalpias Balkey, advogada da coligação de Marco Alba, não retornou contato até a publicação deste artigo.

Seguinte: teve acesso às denúncias, apresentadas em um documento de 70 páginas, com prints, fotos, documentos oficiais, reportagens e anexos em vídeo.

Entre as acusações estão o uso de bens públicos municipais, serviços custeados pelo governo e servidores públicos em horário de expediente, e também de perfis oficiais e meios de comunicação pagos com recursos públicos para construir a imagem do prefeito, doação de bens em período eleitoral, o cancelamento de licitação para supostamente beneficiar os concessionários da Rua Coberta e do Mercado Público, além da polêmica sobre o suposto desvio de caminhão de doações enviadas por Balneário Camboriú para flagelados pelas enchentes.

CLIQUE AQUI para acessar na íntegra as 70 páginas com as denúncias.

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