RAFAEL MARTINELLI

Lançada Frente Parlamentar em Defesa do Instituto Federal em Cachoeirinha; Ausência apequena governo Cristian; Eleição é só ano que vem, prefeito!

A Frente Parlamentar em Defesa do Instituto Federal em Cachoeirinha resta instalada, apesar de esnobada pelo prefeito Cristian Wasem (MDB). Ninguém do governo aceitou o convite. Reputo mais um Dos Grande Lances dos Piores Momento da ‘Pobre Cachoeirinha!’.

Vamos às informações. Se quiser pular direto para a análise, está no fim do texto.

A frente parlamentar, coordenada pelo vereador Almansa (PT), tem por objetivo defender a instalação de um campus do Instituto Federal em Cachoeirinha, realizar reuniões a cada 15 dias, fazer a interface entre o Legislativo, o Executivo Municipal, o Governo Federal e a comunidade e promover as audiências públicas descentralizadas que, entre outras tratativas, definirão os cursos que serão ofertados.

– O Instituto Federal é uma grande oportunidade de transformação das nossas vidas, é o passaporte para o futuro de toda uma juventude e adultos. Isso porque o IF dialoga com a vocação e as potencialidades da cidade onde se instala. Por isso, precisamos da união de todos, mobilização de todos e entendimento de que não podemos perder mais essa oportunidade – destaca Almansa.

Por meio do IF, os jovens e adultos de Cachoeirinha terão acesso ao ensino médio e técnico, faculdade, ou seja, um diploma de nível superior, além de mestrado e doutorado e tudo isso perto de casa. Toda essa qualificação com impacto na remuneração dessas pessoas ao buscarem uma vaga no mercado de trabalho e contribuindo, também, com o desenvolvimento da indústria, do comércio e dos serviços públicos da cidade. Além disso, o instituto é um apoio à formação de professores da rede pública de ensino e, com isso, uma forma de agregar ainda mais qualidade na educação das crianças e adolescentes de Cachoeirinha.

Estiveram presentes os representantes das reitorias do IFSul Riograndense e do IFRS, Rodrigo Nascimento e Amilton Figueiredo, respectivamente, da deputada Estadual do RS, Laura Sito, da presidenta da Associação Comercial de Cachoeirinha (ACC), Marisete Valim, do diretor geral do IFSul Gravataí, Marco Vaz, da professora Ana Cecato (IFRS Campus Rolante), entre outras autoridades.

A missão dos institutos federais é ofertar educação profissional, científica e tecnológica, inclusiva, pública, gratuita e de qualidade, promovendo a formação integral de cidadãos para enfrentar e superar desigualdades sociais, econômicas, culturais e ambientais, garantindo a indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão e em consonância com potencialidades e vocações territoriais.

Foi em 2008, durante o segundo mandato do presidente Lula, quando os IFs foram criados e quando houve a maior expansão da rede na história do Brasil. O Governo Federal já anunciou que haverá uma nova expansão da rede. No país são 600 institutos e no RS, 31 unidades, somando as instituições IFRS, IFSul e Farroupilha.     

Neste projeto educacional, a contribuição com o progresso socioeconômico local e regional é fundamental, sendo, para isto, necessário o efetivo diálogo com outras políticas setoriais. afirma-se, pois, a educação profissional e tecnológica como política pública, não somente pela fonte de financiamento de sua manutenção, mas principalmente por seu compromisso com o todo social.

Analiso.

Já tinha alertado que o prefeito estava batendo nas portas erradas em Brasília. Fiz inclusive um apelo para que Cristian ligasse pra ontem para Almansa, que é o ‘cara’ do ministro Paulo Pimenta (PT) e já tinha levado o presidente da Câmara Paulinho da Farmácia (PDT) – que é da base do governo – a Brasília, nas salas certas e com o café quente, em agendas com o diretor e responsável pela expansão dos IFs no Brasil, Alexandre Vidor, e a deputada federal Maria do Rosário, presidente da Frente Parlamentar pelos IFs na Câmara Federal.

Escrevi em A hora da grandeza pelo Instituto Federal em Cachoeirinha; Dois, três, quatro ou 132.144 pais preocupados com a criança é melhor que um, ou nenhum, não é, prefeito Cristian e vereador Almansa?:

“(…) O vereador é líder da oposição, foi segundo colocado na eleição suplementar de 2022 e deve ser o adversário do prefeito em 2024, mas é hora de tirar as crianças da sala. Seja pai ou padrasto, ter dois pais conscientes e preocupados com a criança é melhor que um (…)”.

E:

“(…) Se o prefeito, que se apresenta como um político de diálogo, não ouvir conselhos figadais, ou for envenenado por caça-cliques e garotos de programas online que são críticos do vereador, Cachoeirinha ganha com uma atuação conjunta; é a hora da grandeza (…)”.

Sigo hoje.

Com a ausência de representantes do governo em uma pauta do tamanho da luta pelo instituto federal, que reputo Dos Grandes Lances dos Piores Momentos da ‘Pobre Cachoeirinha!’, parece que Cristian prefere apequenar o governo, pensando primeiro na política eleitoral. Mas a eleição é só ano que vem, sabia prefeito? Ou o senhor vai culpar o Lula caso percamos o IF?

Ao fim, por vezes sinto que o Cristian às vezes esquece que não é mais vereador, é prefeito. Perde-se em pautas pequenas e ouve conselhos pequenos. Ainda há tempo para ser grande. Quem ganha, ou perde, se o IF não vir é Cachoeirinha, não o Cristian ou o Almansa.

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