Printe & Arquive na Nuvem.
A manchete ainda não aconteceu, mas vai. E nesta segunda-feira, 4 de maio.
Explico.
David Almansa, presidente do PT, convocou para esta segunda encontro municipal online para definir a candidatura à Prefeitura de Cachoeirinha.
Assim, Jefferson Lazzarotto será escolhido prefeiturável, na disputa com Tairone Keppler.
É que, com apoio de Almansa e Ana Fogaça, que o filiaram no ano passado, o ex-presidente da OAB tem mais votos no diretório do que o administrador de empresas que é apoiado por Leonel Matias e Aline Cruz, de quem é companheiro de partido há duas décadas.
É o mesmo colégio eleitoral que reelegeu Almansa presidente, ano passado.
Ué, mas o PT não teria prévias?
Sim, a disputa aconteceria, depois de muita polêmica, como tratei em artigos como A briga na raiz do PT de Cachoeirinha e PT de Cachoeirinha tem seu Guaidó; cumpra-se, ou dissolva-se; e apaziguou com um encontro entre os dois pré-candidatos, que contei em Um gesto para o PT estreitar inimizades em Cachoeirinha.
Só que resolução da direção nacional do partido definiu na semana passada que, devido à pandemia, as escolhas devem ser feitas em votação nos diretórios municipais.
Ao fim, o PT de Cachoeirinha terá como candidato à Prefeitura um ‘outsider’, que nunca concorreu em uma eleição. E, apesar dos gestos de Lazzarotto e Keppler, está em teste a unidade do partido-partido, ao menos na quarentena dos bastidores. A culpa de não ter prévia não é de Almansa, mas o PT nacional perde a chance de estar na vanguarda dos partidos e fazer prévias, com debates e votação pela internet, uma sugestão de um petista que saiu da disputa, Volnei Borba.
– Limitar as decisões partidárias a pequenos núcleos organizativos em nada contribuem num momento histórico pelo qual passa o Brasil. Deveria, inclusive, abrir a oportunidade dessa escolha aos simpatizantes não orgânicos – argumenta o candidato a prefeito em 2012, indicando um sistema semelhantes às prévias internas dos Democratas e Republicanos, nos EUA.