A Prefeitura de Gravataí, por meio da Secretaria Municipal da Cultura, Esportes e Lazer (SMCEL), e o Conselho Municipal de Política Cultural (CMPC), promoveram o 2º Fórum de Cultura – Lei Paulo Gustavo. O debate, que ocorreu virtualmente, teve como objetivo dialogar junto a comunidade cultural sobre as diretrizes e encaminhamento dos recursos que o município vai receber da Lei Paulo Gustavo.
Com adesão de cerca de 70 pessoas ligadas à cultura, o secretário da SMCEL, Leandro Ferreira, anunciou que, além do valor repassado pelo governo federal, a Prefeitura é uma das únicas do Brasil que irá fazer um aporte complementar à Lei Paulo Gustavo, destinando o valor de R$ 158.375,54, no edital para as demais áreas, totalizando então R$ 800 mil.
– Nós já estamos entre os cinco municípios gaúchos com maior destinação de recursos, uma vez que iremos receber R$ 2,2 milhões e, somado a isso, o governo municipal estará investindo um valor significativo para que mais artistas possam ser contemplados e valorizados – destacou Leandro.
De acordo com a SMCEL, o plano está sendo elaborado de forma minuciosa para que o maior número de artistas gravataienses recebam esse aporte financeiro. O objetivo da comissão municipal Lei Paulo Gustavo, composta por governo, conselho e comunidade cultural, é que os valores, tanto para o audiovisual, que ficará com mais de 60 por cento do valor do edital (R$ 1.584.018,71), quanto para as demais áreas (R$ 800 mil, sendo RS 641.664,46+R$ 158,375,54), fiquem em Gravataí, fortalecendo e desenvolvendo tanto a cultura quanto a economia local.
Conforme a técnica de artes cênicas da SMCEL, Izabel Cristina, foram mais de três horas de Fórum, no qual os participantes puderam esclarecer dúvidas, propor ideias e construir juntos o plano de ação municipal da Lei.
– Estamos trabalhando fortemente e empenhados na celeridade da execução da Lei Paulo Gustavo em Gravataí e no repasse dos recursos financeiros aos artistas e trabalhadores da cultura locais – disse.
Ainda de acordo com Izabel, a escuta realizada está prevista em Lei e será instrumento norteador na elaboração dos Editais, um para o Audiovisual e outro para as Demais Áreas da Cultura tendo como base o que consta na Lei e sua Regulamentação.
Sucesso de crítica e público
A Lei Paulo Gustavo foi criada para incentivar a cultura e garantir ações emergenciais, em especial as demandadas pelas consequências do período da pandemia de covid-19 no Brasil, que impactou de forma trágica o setor cultural. Trata-se do maior investimento da história do país ao setor. O governo federal disponibilizará R$ 3,8 bilhões, dos quais R$ 2 bilhões serão repassados aos estados e R$ 1,8 bilhão devem ser transferidos para todos os 5.570 municípios brasileiros.
Paulo Gustavo ficou conhecido pelo monólogo “Minha Mãe É uma Peça”, adaptado para o cinema em 2013, tornando-se o filme mais assistido daquele ano no Brasil, e, em 2015, foi publicado como um livro pela editora Objetiva. Devido ao enorme sucesso de crítica e público, em 2016, foi lançado “Minha Mãe É uma Peça 2”, e, em 2019, “Minha Mãe É uma Peça 3”. Indicado ao Prêmio Shell de Melhor Ator, Paulo Gustavo formou-se na Casa das Artes de Laranjeiras (CAL) no início de 2005, junto com Fábio Porchat e Marcus Majella, entre outros.
Além da presença da presidente do Conselho da Política Cultural, Silvia Maciel, o evento contou também contou com os convidados: representando o Comite Nacional LPG, Dinorah Araujo, presidente do Conselho Estadual de Cultura, Consuelo Vallandro e com a técnica em artes visuais, Mari Velleda. A mediação foi feita pela conselheira da Cultura, Marlise Damin.