Ainda fora do circuito político por conta da recuperação do acidente em que fraturou o pulso e o tornozelo esquerdos, Levi Melo acredita em nova eleição – e avisa que é candidato de novo
No UFC da eleição, ele ficou de fora do octógnono nos últimos dias – nos últimos 16 dias. Levi Melo, o médico que deixou o PMDB por se sentir preterido pela política de Marco Alba, levou o PSD à uma inédita votação. Ficou em quarto lugar, fez 19.420 votos, elegeu três vereadores e pode tentar um cinturão além da aldeia em 2018 se bancando como o maior PSD do Estado depois de Porto Alegre.
Isto é, se o tornozelo e o pulso deixarem.
Levi é um cara pacato, mas não o tire do sério. Cirurgião, calmo o quanto baste. Sentado na poltrona de casa sem caminhar sozinho, com tempo para pensar, há quem o tire para o Johnny Eduardo abatido. Mas ele quer voltar.
– Acho que deve ter nova eleição e, se tiver, quero concorrer de novo.
Entre as dores e as alegrias, a alegria
Levi não se abalou com o resultado das urnas – o quarto lugar, na verdade, é visto como um feito diante de sua ausência nos últimos dias e ao fato de ser o menos conhecido dos quatro grandes da eleição.
– Fomos a todos os debates, fizemos uma campanha limpa, no dia da eleição não tinha lixo nosso nas ruas e, se tivesse, mandaríamos juntar. Foi uma campanha boa.
– Se não fosse o acidente, claro, eu teria mais tempo para o corpo a corpo. Mas infelizmente não foi assim – avalia.
Ainda não acabou…
Levi está no time dos que apostam na manutenção no Tribunal Superior Eleitoral da decisão tomada no Tribunal Regional Eleitoral, o TRE, quanto a impugnação de Daniel Bordingon (PDT).
– Não vemos como ele pode sair disso prefeito.
Para o médico, o caminho é a nova eleição, como a legislação prevê. E com a foto de Levi lá, na urna eletrônica.
– Seria candidato de novo, sim, mas vou ouvir o partido quanto a isso. Não fizemos um balanço a respeito.
De novo, o tornozelo e o pulso: em função das dores que provocam, Levi ainda não conseguiu fazer uma reunião com a cúpula local do PSD para avaliar o resultado da eleição e os próximos movimentos políticos a serem tomados.
– Gravataí não merece isso: não se sabe ainda quem é o prefeito.
Em uma postagem no seu facebook, no início da tarde de segunda-feira, Levi já admitia a nova eleição – mas não foi tão claro quanto à disposição de concorrer. O tornozelo e o pulso incomodavam menos no primeiro dia da semana.
E todo o gasto de novo?
Levi levanta outro questionamento que, mais cedo ou mais tarde, os demais candidatos também se farão sobre a nova eleição, se é que ela venha a acontecer: o financiamento dos gastos.
– Quem paga tudo isso? Vai haver mais custos. Já foi difícil nessa. E não teremos os candidatos a vereador que, bem ou mal, fazem a campanha chegar aos bairros.
A solução era uma solução rápida do caso, antes.
– Deixar um candidato impugnado concorrer para dar nisso… Infelizmente nossa legislação permite esse tipo de coisa.
"Alianças devem esperar o TSE"
Sem uma decisão definitiva sobre a validade ou a nulidade dos votos em Daniel Bordignon, Levi vê precipitação em qualquer articulação política – seja ela para uma eventual nova eleição, seja para presidência da Câmara.
A política, agora, precisa de tempo, avalia. E manda recado para dentro e para fora.
– Precisamos amadurecer as coisas primeiro.
Até lá, espera que o tornozelo e o pulso se recuperem e o ponham de pé.
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