Deve ser genético: parece que a Polônia já pariu mais cartazistas que todo o resto do mundo. Que critério adotar para destacar um artista gráfico num país onde nenhum designer é mediano? Achismo ou não, acho que Lex Drewinski está acima da maioria – da maioria no mundo, quero dizer.
Não é necessário descrever sua arte: esta seleção de pôsteres (pontinha do seu iceberg criativo) diz tudo sobre o extraordinário talento para resumir o apelo à uma causa, enfatizar uma denúncia social, expor uma verdade jamais tão bem exposta. Seu portfólio impressiona sobretudo pelo ativismo, que dispensa legendas.
Seu ecumênico cartaz sobre a igualdade entre as religiões é um dos pontos alto do seu espírito pacifista. Bem, cartazes têm o poder de provocar reflexão, não de influir na geopolítica. Por isso mesmo Lex Drewinski não para de criar desde que se graduou em artes visuais em 1981, aos 30 anos.
Para expressar seus conceitos gráficos de impacto incomum, espalhou seu engajamento em várias atividades: além de cartazista premiado 130 vezes, foi diretor e roteirista de animação, se tornou designer de computação gráfica e atuou como diretor de faculdade de design. Agora dirige seu estúdio em Postdam.
Seu trabalho, em peças originais de poderosa comunicação, tem sido visto em mais de 50 exposições individuais. De Atenas, Barcelona e Berlim a Damasco, Guadalajara e Cracóvia, de Londres, Madrid e Cidade do México a Odense, Thessaloniki, Estocolmo e Quito. A não ser pelas galerias na web, o Brasil ainda não teve esse privilégio.
Para conhecer mais a arte admirável e a produtiva trajetória de Lex Drewinski, acesse seu Facebook.
Para assistir Lex Drewinski numa movimentada entrevista de quase 5 min sobre seu processo criador, clique no vídeo.