Quem de sexta para cá falou com o prefeito, ou encontrou-o no supermercado ou em algum restaurante de Cachoeirinha, deve ter sido convidado a olhar uma imagem que Miki Breier mostra, sorridente, em seu celular.
Pesquisa Ipo – Instituto Pesquisas de Opinião aponta percepção bem melhor do governo conforme as pessoas entrevistadas, cujo gráfico reproduzo ao fim do artigo.
A pergunta era “De uma maneira geral, o senhor ou a senhora diria que Cachoeirinha está no rumo certo ou errado?”.
Em dezembro de 2016, às vésperas de Miki receber o governo do companheiro de PSB Vicente Pires, mesmo com a esperança que sempre resta dos confirmas nas urnas, mais da metade dos entrevistados avaliava que Cachoeirinha estava no “rumo errado”: 54,9% contra 45,1%.
Em junho de 2017, ainda sob os efeitos negativos da maior greve da história do município – em que o funcionalismo parou onde após a aprovação de cortes de, para uns vantagens, para outros privilégios, incidentes como a ‘manhã da cadeiradas’, onde houve confronto entre servidores e policiais militares, além de episódios de parcelamento de salários – a desaprovação explodiu: quase sete em cada dez pessoas entendiam que Cachoeirinha estava no “rumo errado”: 68% contra 32%.
Agora, a pesquisa que empolga o prefeito mostra que em janeiro a percepção se tornou positiva. Mais da metade dos entrevistados avaliam que Cachoeirinha está no “rumo certo”: 54,7% contra 45,3%.
Ainda não tenho mais detalhes da pesquisa, mas no decorrer da semana procuro informar.
No artigo Miki, amigo honorário dos servidores, escrevi no Seguinte:
“(…)
Quem conhece a realidade da Prefeitura de Cachoeirinha e não usa os números como milicos de guerras ideológicas entende que – como o otimista aquele que diz que “tudo vai de pior a mal” – não é feio, nem exagerado, Miki comemorar uma ‘simples’ antecipação de sete dias no pagamento dos salários.
Se a partir do ‘pacotaço’ de 2017 muitos servidores passaram a vê-lo como inimigo de infância, o gesto do prefeito o faz hoje pelo menos um amigo honorário.
(…)”
De certa forma, os números do Ipo traduzem isso. Com o crescimento da receita e a redução dos gastos com o funcionalismo de oito para seis em cada dez reais arrecadados, e conseguindo fugir aos poucos do fantasma que assombra prefeitos, que é ser apenas administrador de folha de pagamento, 2019 pode ser o 'ano bom' de Miki, um otimista nestes tempos onde, numa percepção bastante alimentada pelo Grande Tribunal das Redes Sociais, o pessimismo parece uma última e delirante esperança.
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Siga o gráfico que Miki tem no celular