no mundo do trabalho

Mais guasca do que nunca

…temo domando, temo aprendendo, temo ensinando/ O homem é igual ao cavalo quando é bom já nasce pronto/ Mas a vida é que dá o pealo para deixar de ser potro/ O cavalo se ajeita no freio e o homem na luta em que passa/ Um se conhece em rodeio e o outro na causa em que abraça/

Em tempos de revolução, a Farroupilha cai bem e está na hora de recordá-la, bem como em todos os anos! E na xucrice da letra de Espantando Bagual, do cantor tradicionalista Mano Lima, se vê um pouco da vida do gaúcho no Mundo do Trabalho. É história de peão e de gineteada, mas também do dia a dia de qualquer trabalhador. Ou não é que se pode reconhecer o homem pelas causas que abraça, como diz essa canção? Pode ser na lavoura, no lombo do cavalo, atrás do volante do ônibus, no escritório, na fábrica, é o modo como se enfrenta as dificuldades que nos faz mais fortes.

É pena a que a gente esquece muito rápido das origens. Deve ser algo com esse campo em baixo do céu que vira a cabeça da gauderiada. O povo gaúcho é pródigo em contar sua trajetória de batalhas pela honra e pela dignidade, sempre que possível, com um entusiasmo quase bem humorado e muita saudade. Mas o tal de dia a dia é bicho chucro demais e tem que ser muito guasca pra segurar o tranco.

Para uma gente que tanto preza a liberdade e chega a ter ânsia de tanto horizonte, o cabresto pesa fácil demais no lombo. É um pouco como disseram o Mário Barbará e o Sérgio Napp, lá em em 1981, o que vale é o sonho / mas o que foi nunca mais será. Estamos embriagados de vontades sem encarar a lida como se deve.

Enquanto ceva o mate, vamos lustrar a bota e as esporas, esticar a bombacha e pegar o rumo do campo, que é lá que a vida acontece:temo domando, temo aprendendo, temo ensinando, disse o Filósofo dos Pampas.

 

De volta ao mundo daqui

 

Que tal: Colocar os candidatos à prefeitura de Gravataí e seus respectivos vices em um sítio, ali na Morungava. Durante os próximos 20 dias eles têm que cuidar e manter os animais, os pomares, as hortas, fazer a própria comida, vender a produção, plantar e colher sem desperdiçar nem poluir. Claro, se precisar de assistência médica, deverão recorrer ao posto de saúde mais próximo. Tudo transmitido ao vivo pelo Facebook. Ganha quem conseguir produzir mais e melhor, sem estragar o que já estava pronto e conseguir deixar a terra fértil por pelo menos quatro anos.

 

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