RAFAEL MARTINELLI

Marco Alba merece uma placa pelo novo Parque de Eventos de Gravataí

Marco Alba agradeceu nas redes sociais placa recebida do CTG Aldeia dos Anjos

Há de se lembrar Marco Alba (MDB) ao ver o sucesso da estreia do Parque Municipal de Eventos, cujo nome homenageia em vida Valecy Cabeleira Bitelo, com mais de 30 mil pessoas e poucas reclamações sobre aquele que, com 50 hectares, é hoje um dos maiores espaços para atividades artísticas e lazer do país, recém inaugurado pelo prefeito de Gravataí Luiz Zaffalon (MDB), como o Seguinte: reportou em Zaffa inaugura Parque Municipal de Eventos Valecy Cabeleira Bitelo.

Vegano, ativista da causa animal, só lamento ter sido no Rodeio do Mercosul, mas não é o motivo deste artigo; e não cancelo ninguém por suas tradições, apesar de não concordar com animais explorados para gozo de humanos.

Fato é que os tradicionalistas do CTG Aldeia dos Anjos foram justos e celebraram o ex-prefeito com uma placa.

Para não esquecer de lembrar, explico, para os que acharam um movimento político, ou de puxa-saquismo.

A ideia do novo Parque de Eventos – a partir da venda do antigo espaço de 23 hectares, o Ireno Michels, na ERS-118, por R$ 13 milhões (R$ 3,5 milhões para obras e o restante para fazer frente ao compromisso com dívidas e previdência) – surgiu do que já elogiei como um exemplo de relação republicana entre o público e o privado.

Há cinco anos o então prefeito Marco Alba (PMDB) garantiu contrapartidas de verdade com o Cyrela, a gigante que construiu o Landscape Seminário, um loteamento classe A de R$ 37 milhões, o primeiro condomínio fechado de Gravataí e que impactou na privatização completa das terras no entorno do Seminário São José.

Além da área de 50 hectares, como contrapartida a empresa investiu nas obras de revitalização da Adolfo Inácio Barcellos; nos projetos de uma rótula em frente ao Aldeião; na duplicação das pontes do Parque dos Anjos, além de patrocínios para eventos municipais.

Foi o primeiro empreendimento onde a Prefeitura executou a ‘lei dos condomínios’ e exigiu uma compensação palpável à coletividade por negócios que faturam alto – no caso da Cyrela, por baixo, não menos de R$ 200 milhões.

Não conheço outro condomínio que tenha botado um real na cidade que não dissesse respeito a seus próprios interesses comerciais ou a interesses políticos de quem os autorizou.

Já entre Prefeitura e Cyrela, pelo menos até o momento, parece-me irrepreensível a relação.

Para além do Parque de Eventos, o complexo viário que liga Centenário, Adolfo e pontes do Parque, por óbvio beneficiou os futuros moradores do Cyrela, mas trouxe ganhos principalmente ao conjunto da população de uma Gravataí que restava engarrafada entre as duas verdadeiras pinguelas, que eram as pontes atuais, e o lugar para onde a cidade não para de crescer.

– Um dos maiores desafios da gestão pública são as ações de longo prazo, com visão de futuro. Não raro, o imediatismo sobressai ao estratégico. Enquanto prefeito, no período (2013-2016 e 2017-2020), tratamos sim do que era urgente, mas com prioridade para o amanhã. Assim se deu com o Parque Municipal de Eventos, que se concretiza hoje como uma das maiores áreas de lazer e eventos do país. Neste caso, uma medida compensatória em benefício da coletividade, exigida pela Prefeitura da Cyrela, que estava construindo o Landscape Seminário – postou Marco Alba, em suas redes sociais.

– O que muitos viram naquele momento como uma imensidão de verde, enxergamos ali um futuro local em que as famílias gravataienses, entidades, desportistas, tradicionalistas e tantas outras denominações pudessem celebrar a vida – acrescentou, concluindo:

– Parabenizo a atual gestão, na figura do prefeito Luiz Zaffalon e do seu secretário de Serviços Urbanos, Paulo Garcia, pela execução do projeto. Está de parabéns a cidade! Viva o novo Parque Municipal de Eventos Valecy Cabeleira Bitelo!!

Ao fim, como não sou dos que garantem aos políticos apenas a presunção de culpa, e reputo merece a tão necessária política – principalmente para os mais pobres – a memória de seus bons, e não só maus feitos, associo-me à lembrança e parabenização.

Todos gostam de um cumprimento, já dizia Lincoln. Mas às vezes as coisas certas podem ser feitas da maneira errada. Fatos, aqueles chatos que atrapalham argumentos, Marco acertou nessa. Fez um negócio bom para Gravataí, não só para o investidor. Coisa rara de se ver neste Brasil, não?.

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