Marco Barbosa é o alvo principal da defesa do prefeito Miki Breier (PSB) na ameaça de cassação ao lado do vice Maurício Medeiros (MDB). O vereador, que é policial civil e cunhado de Miki, é o ‘suspeito’ número 1 de articular um ‘golpeachment por parenticídio’, como o Seguinte: revelou em Cláudio Ávila defende Miki de golpeachment; o alvo é o ’parenticídio’.
Ouvimos Marco, que é o presidente da comissão processante que analisa o pedido de impeachment de prefeito e vice aceito pela Câmara de Cachoeirinha a partir de denúncia do advogado Lucas Hanisch.
Siga trechos.
SOBRE IMPEDIMENTO POR PARENTESCO
“A lei eleitoral não me impede de ser vereador, então por que não poderia integrar a comissão processante? Não me considero impedido. Sou presidente a partir de um sorteio entre todos os vereadores. Se o judiciário identificar algum impedimento, saio. Será até bom para mim. O que não posso é abrir mão voluntariamente da minha prerrogativa de vereador”
SOBRE ARTICULAR O IMPEACHMENT
“É lamentável a estratégia da defesa. De onde tiraram isso? Se desacertaram com o denunciante por cargo no governo e agora sou eu o articulador de um golpe contra o Miki? O Lucas Hanisch foi procurador da Câmara em minha gestão, mas nunca falamos sobre impeachment. Na verdade essa é uma história que todo mundo ouve há mais de 30 dias! Não se acertaram com ele na política e agora falam em concluiu envolvendo meu nome? Eles precisam provar isso”.
SOBRE SAIR DO GOVERNO ÀS VÉSPERAS DA DENÚNCIA
“Foi uma coincidência. Sai do governo porque não era ouvido. Um exemplo? O Plano Diretor. Não tenho nada contra o prefeito e o vice, ajudei a elegê-los, mas o governo é incompetente como o anterior”.
SOBRE CONCORRER A PREFEITO EM 2020
“Não concorro a prefeito nem em uma eventual eleição suplementar, nem em 2020”.
SOBRE O MÉRITO DAS DENÚNCIAS
“Serei favorável a investigar qualquer denúncia que chegar com fundamentação, seja contra o prefeito ou qualquer um dos vereadores. Bom seria engavetar? O parlamento é independente. Sou policial civil. Seria o mesmo que um delegado não dar sequência à investigação de uma ocorrência feita por um cidadão. Falam: “não tem corrupção”. Ok, mas uma cassação também pode ocorrer por irregularidades administrativas. Não inventei isso, é a lei. Ainda estou analisando a denúncia, que tem 500 páginas, e no momento adequado manifestarei minha posição”.
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