O destaque dessa semana é um sujeito que respira e vive a comunicação intensamente. José Mauricio Pires Alves além de tudo é um cara, que mesmo morando em São Paulo, é lembrado sempre por seus movimentos e suas atitudes inovadoras a todo tempo.
Hoje, em São Paulo, é cercado de grandes publicitários e jornalistas, e sempre em constante contato com o mundo da comunicação. O Zé, como eu digo, formou e forma ainda muita gente boa que está pelo mundo afora.
Nenê, você me propõe algo aparentemente fácil, mas de execução problemática: falar de mim mesmo. E o pior, em público!
E com o prazo de hoje para amanhã.
Mas como não rejeito ações propostas, vou enfrentar o tema.
Vamos começar, profissionalmente.
Sinto-me realizado, pois, em veículos de comunicação, comecei lá em baixo e cheguei lá em cima. Fui de operador de câmera na TV Tupi do Rio de Janeiro a diretor nacional de duas grandes redes brasileiras de televisão, RBS e Bandeirantes.
Em propaganda, comecei como redator da McCann Erickson na avenida Borges de Medeiros e, hoje, sou diretor cultural da APP – Associação dos Profissionais de Propaganda, em São Paulo.
Além da APP, sou conselheiro relator do Conar, atuando na 7ª Câmara de São Paulo.
Meu grande momento foi ser aclamado pela ARP como Publicitário do Ano.
A respeito disso, no início desta semana ao cumprimentar o Marcio Oliveira, presidente da agência Lew’Lara e eleito este ano em São Paulo, eu afirmei: “como é bom ser o Publicitário do Ano, né? Esta é a consagração de muitos anos do bom trabalho do publicitário de todos os dias.”
Outro momento gratificante foi ler a matéria publicada na Coletiva.net (Perfil 13/01) sobre minha carreira.
Então, no momento, é isto que me anima: o reconhecimento pelo passado e a esperança pelo futuro.
Em fevereiro, com a APP comemorando 80 anos em 2017, estaremos lançando os projetos especiais 8.0 e indo à luta em busca de patrocínios para os eventos.
Mas agora vamos falar do lado pessoal.
Da mesma forma, me considero bem. Sou bem casado com uma linda e atenciosa mulher, tenho filhas encantadoras e netos maravilhosos. Pena que não tenha oportunidade de conviver mais com eles.
Tenho grandes e queridos amigos, que respeito e admiro. Participo de Grupos de Amizade como o Clube dos 100, o Escalda Pés e o Amigos da RBS. E tenho também diversos amigos avulsos e muito amados, com ‘A’ maiúsculo.
Há 7 anos faço um comentário semanal sobre comportamento na Radioweb, a maior produtora de notícias para rádios do País. Esta semana está indo ao ar o de número 352. Quem quiser ouvi-lo é só clicar aqui.
Orgulha-me muito ainda estar atuando com força e criatividade.
Estou desde 2000 à frente da Atalho Soluções em Comunicação, fazendo consultoria, prestando assessoria comercial, desenvolvendo projetos especiais de comercialização, promovendo relações empresariais.
Enfim, estou vivo. E muito bem.
E, como vocês viram, sou modesto, né?
O FACEBOOK É UM PLANETA
A carreira vertiginosa de Mark Zuckerber, criador do Facebook, deve- se a uma combinação de elementos, dentre os quais o fato de ele ter nascido e concebido o site nos EUA é um dos mais relevantes. O sucesso penso eu, sempre deve muito à cultura no qual surge, e os Estados Unidos são uma espécie de solo privilegiado para os negócios darem certo.
Uma característica que sempre notei nos americanos é como eles são bons em comunicação interpessoal. Onde o latino esconde ideias, o americano as troca- e, como diz o ditado, quando se troca pães cada um sai com um pão; quando se troca ideias, cada um sai com duas ideias. Junte isso a visão de mundo e o tino para os negócios de Zuckerberg e temos uma companhia extraordinária.
O sucesso de tal empresa se deve a uma necessidade básica de todo ser humano: relacionar-se. Homens e mulheres precisam de lazer, o que inclui algo como conversa de bar e happy hours, entre outros. E é justamente isto: o Facebook é uma espécie de grande bar virtual para seus usuários, com a vantagem de que lá você não é incomodado no inicio da relação e tem o direito de negar ou deletar uma amizade. O site oferece um coquetel de paquera, cartão de visita, serviço de notícias (nem sempre críveis). Enfim, é como se tivessem pego um simples chat e o tivessem dotado de uma sofisticação intergaláctica.
O Facebook faz sucesso no Brasil porque o brasileiro gosta de tecnologia, gosta da internet.
Agora não compartilho da opinião de algumas pessoas, segundo as quais em breve o Facebook se tornará a própria internet, com todos o acessando automaticamente quando entram na web e ignorando os demais sites. Se o Facebook é um planeta, a internet é o universo. Dentro de um planeta jamais haverá espaço para todo o cosmos. Zuckerberg apresenta inegáveis méritos. Finalmente teve sorte- o que sempre ajuda. Entra ai a ideia que já expus: Zuckerberg é americano. Eu acho que se o Facebook tivesse nascido na América Latina ou na África, seria, ainda hoje, uma microempresa.
DATA
A todos os publicitários do mercado gaúcho e brasileiro, parabéns pela data de 1º de fevereiro. Aos que tem na alma o negócio da propaganda.
MUDANÇAS
Das mudanças executadas na RBS, só foram confirmados os postos chaves. Na área comercial não foram iniciadas as conversas com os executivos. Por enquanto só as gestoras Maria José Hickmann (Neca) e Fabiana Marcon que fizeram um acordo e já saíram da empresa.
Informamos também na coluna da semana passada, que não só teriam saídas e mudanças de nomes, como também mudanças físicas. O prédio da Correia Lima onde operam as rádios será desocupado e descem para o prédio central da Ipiranga e Erico Verissimo, bem como os remanescentes da área comercial da TV, Morro Santa Tereza. Existe uma parte da corporação que pensa em transformar as rádios Farroupilha e Itapema em Atlântida com programações diferentes.
GOVERNO
Em reunião realizada com todas as agências que atendem o governo, diretores da Moove, Centro, Matriz, global, Dez e SPR, com o secretário de Comunicação Cleber Benvegnú e seus executivos de Publicidade, foi comentada e solicitada uma participação mais efetiva de todas as agências na compreensão dos problemas do Estado e uma visão mais apurada, com iniciativas e conhecimentos que possam fazer a grande virada e comunicar a população as ações e movimentos para que todos possam saber e trabalhar mais pelo nosso Estado. Já foi mostrado que nossa situação, em todas as esferas e em confronto com os demais estados do País é a mais transparente e levada com muita seriedade. Parabéns a todos. Temos dois anos de bons e prósperas melhorias para o Rio Grande.
NOVA SEDE
A e21 começa a operar a partir dessa segunda-feira, 6, na nova sede na Avenida Independência, nº 1299, conjunto 403. Sede mais alegre e confortável, por um custo bem mais baixo que a atual e com metragem superior.
STARTUPS
A WOW – uma das principais aceleradoras de startups do País, com sede em Porto Alegre – está em busca de novas startups com ótimo potencial de crescimento para serem aceleradas pelo programa..
Para se candidatar, as startups devem estar em um estágio ‘pré-operacional’, em que já possuem um protótipo, mas ainda não geram receita; ou em crescimento: startups que já tenham tração comprovada ou recebido algum investimento. As inscrições podem ser feitas pelo do site da Aceleradora WOW até o dia 11 de março. No dia 6 de maio será realizado o ‘WOW Day’ com a participação dos finalistas.
A WOW já acelerou 35 empresas em todo o Brasil e neste semestre, vai escolher mais cinco para receberem investimentos de R$ 50 mil ou R$ 150 mil, dependendo da atual fase da startup no mercado.
Atualmente, a WOW conta com mais de 90 investidores e mentores especialistas em diferentes áreas, que agregam valor estratégico e que estão comprometidos com o sucesso do negócio. O processo de aceleração tem duração de seis meses e após este período a WOW mantem reuniões de acompanhamentos com as empresas aceleradas, ajudando e dando novas mentorias de acordo com a necessidade.
Além do aporte financeiro, as startups também recebem ajuda com infraestrutura física, capacitação, consultorias em marketing digital e vendas, mentorias, plataformas de serviço e de hospedagem, assessoria de imprensa, jurídica e contábil além do apoio da equipe da aceleradora e do intercâmbio com as outras startups aceleradas.
CONQUISTA
A SPR inicia 2017 com uma grande conquista: a conta da Marelli Ambientes Racionais, marca referência no Brasil e na América Latina em mobiliário corporativo com mais de 30 anos de expertise no mercado. Com sede na Serra Gaúcha, a empresa atua em todos os estados brasileiros e países latino-americanos através de uma rede de mais de 40 lojas exclusivas. A SPR passa a atender a Marelli com suas quatro unidades de negócios – Agency, Brand, Design e Digital.
MIGRAÇÃO CAI 25,6%
O impeachment de Dilma Rousseff resultou em alívio para a economia, a política e reduziu as tensões nas famílias brasileiras. Após sua saída, caiu 25,6% o movimento de brasileiros que se transferiam para os Estados Unidos. No total, 985 mil cidadãos emigraram para os EUA, em 2016, contra 1,32 milhão no ano de 2015. Os dados são do site National Travel & Tourism Office, mantido pelo governo norte-americano.
NEGÓCIO VANTAJOSO
Nos últimos quatro anos fiscais, a embaixada dos EUA no Brasil emitiu mais de 3.6 milhões de vistos de ‘não imigrante’.
O desemprego, que chegaria a 12 milhões, a falta de perspectiva e a corrupção política levaram muitos brasileiros a desistir do País.
A embaixada dos EUA estima que o Brasil está entre os 10 países que mais enviam imigrantes e turistas para aquele país.
A maioria dos imigrantes brasileiros vive na área metropolitana de Boston, em Nova York e no sul da Flórida.
SUPER BOWL
Para muitos, o Super Bowl é um dos maiores eventos do esporte mundial. Para outros, um campeonato de propagandas com um jogo de futebol americano no meio. Seja qual for a visão, dos fãs aos publicitários, a verdade é que o formato comercial da final da NFL está consagrado pela impressionante audiência e repercussão do evento e consequentemente pela vitrine que se estabelece a partir dele para as marcas. Não à toa, cada anúncio de 30 segundos custa aos anunciantes aproximadamente a bagatela de US$ 5 milhões no canal CBS. Ao todo, até o momento, mais de 50 marcas já garantiram presença no ‘Big Game’.
DESCONFIANÇA
Anunciantes pensam em 2017 com a mão no bolso, preocupados com as métricas imprecisas do Facebook, notícias falsas, problemas de fraude e pouca transparência no ecossistema de ad techs. Uma pesquisa da Advertiser Perceptions lançada na semana passada mostrou que 50% dos anunciantes não irão investir em plataformas que consideram arriscadas. À exceção dos mecanismos de busca do Google, a confiança no digital e em plataformas sociais está abaixo de 50%, diz o relatório.
Dois terços dos entrevistados disseram estar questionando seus investimentos no Facebook, e 40% pretendem fazer auditorias independentes de sua audiência na plataforma e alcance de anúncios. Mesmo que não sigam as intenções à risca, o estudo sugere que o Facebook não pode subestimar esse movimento.
Enquanto 40% dos anunciantes dizem planejar um gasto maior em 2017 com o Facebook e Google, somente 8% dizem que gastarão mais no Facebook do que no Google, em comparação a 36% que pretendem investir mais neste último. “Mesmo que o Facebook tenha sido bem sucedido e inspirado boa vontade após as correções de métricas, precisa assumir a liderança quando se trata de verificação de dados por terceiros”, disse Kevin Mannion, chief strategy officer da Advertising Perceptions, em comunicado.
Investimentos que saem do Facebook podem acabar nos cofres do Google, mas não se pode esperar um aumento de investimentos em formatos tradicionais como a TV, acredita Rob Silver, VP senior de mídia na SapientRazorfish. “Não vemos nossos clientes retirando investimentos das plataformas digitais e investindo em TV e canais mais tradicionais. O público e a segmentação possibilitada pelo digital são simplesmente importantes demais”, disse Silver. Ele acrescenta que a empresa tem trabalhado agressivamente para mensurar e identificar impressões suspeitas. A SapientRazorfish também busca oferecer um “maior nível de transparência sobre fontes de inventário”.
“Plataformas de anúncios digitais não podem supor que problemas de confiança serão esquecidos. Não importa o que está sendo dito em reuniões e conferências, os principais anunciantes estão claramente apreensivos”, escreveu Kevin, da Advertising Perceptions.
A Advertising Perceptions afirma que nenhuma empresa financiou a pesquisa, destacando ainda que envia diferentes questionários aos respondentes todo mês, com o objetivo de sentir a movimentação do mercado. A organização fez a pesquisa com 399 executivos de marketing de algumas das maiores agências e anunciantes. Cerca de 40% dos respondentes eram anunciantes e 60% eram representantes de agências.
AQUISIÇÃO
Os acionistas minoritários da Schincariol chegaram a um acordo com a Kirin para a venda de sua parte na companhia. José Augusto, Daniela e Gilberto Schincariol venderão os 49,55% que detém na empresa por R$ 2,3 bilhões. O grupo japonês controlará, assim, 100% das ações da Schincariol.
A notícia foi dada em primeira mão pela colunista Sonia Racy, de O Estado de S. Paulo, e confirmada na quinta-feira 3 por fonte próxima à negociação.
A Kirin anunciou oficialmente o acordo que colocará fim a uma disputa judicial iniciada em agosto, quando os sócios majoritários Adriano e Alexandre Schincariol venderam para a Kirin, por R$ 3,95 bilhões, os 50,45% da empresa aos quais tinham direito.
Ao longo dos três meses de embate judicial, a marca Schincariol mudou de agência (foi da Euro RSCG para a Leo Burnett Tailor Made), perdeu a vice-liderança do mercado de cervejas para a Petrópolis e viu a concorrente Brahma assumir o patrocínio ao Carnaval da Bahia, posto que era da companhia desde o ano 2000.
CEO´S BRASILEIROS
Otimismo: Os executivos brasileiros figuram entre os mais otimistas do mundo. Impressionantes 57% dos executivos entrevistados se disseram “muito confiantes no crescimento de sua empresa nos próximos 12 meses”, sendo que, na média global, apenas 38% dos presidentes de grandes empresas demonstram a mesma confiança.
Esse texto tem a cabeça brilhante de José Ricardo Noronha, vendedor, palestrante, professor, escritor e consultor.
Prudência e realismo: Muito embora os executivos brasileiros se mostrem bastante confiantes, quase todos eles (90%) falaram de crescimento orgânico (sem aquisições) e apenas 36% compartilharam o desejo de ampliarem seus quadros de profissionais.
Não à passividade: 2017 será um ano tão ou até mais desafiador que 2016, especialmente para nós, brasileiros. Diante disso, empresas e seus respectivos líderes não podem ser passivos e precisam ter a coragem necessária para empreender os melhores e mais inteligentes esforços que os permitam construir negócios cada vez mais sustentáveis. Isso, em um mundo incrivelmente comoditizado (com produtos, serviços e soluções cada vez mais similares), passa necessariamente pela maior capacitação do seu pessoal e pela tão fundamental inovação que permita identificar áreas de melhoria nos mais diversos mercados.
Capacitação e treinamento: Uma expressiva parte dos executivos brasileiros entrevistados (69%) apontou a disponibilidade de mão de obra qualificada com as competências chave requeridas pelas suas empresas como um dos seus maiores desafios. Diante disso, tenho absoluta convicção emergir uma vez mais a importância de as empresas investirem de forma cada vez mais estruturada e inteligente no incremento das habilidades, competências e conhecimentos chave que tenham ligação umbilical com os objetivos estratégicos, desafios e oportunidades que cada empresa busca em sua respectiva área de atuação.
2017 tem tudo para ser um grande ano! Já temos uma série de indicadores que corroboram com esta visão otimista e realista:
Queda na inflação, que tem impacto direto na redução das taxas de juros e que, por consequência, reflete diretamente na redução das taxas de crédito, tão essencial para um país que busca a retomada econômica.
Aumento da confiança do empresariado brasileiro atestado pela Pesquisa da PwC e por outras pesquisas de fontes bastante confiáveis.
Aumento do fluxo de capitais estrangeiros ao País, que traz consigo maior liquidez e a tão fundamental retomada dos investimentos que podem acelerar a retomada econômica
Diante de tudo isso, tenho convicção que estamos diante de um novo cenário. Um novo horizonte que será marcado de um lado por clientes extremamente exigentes, bem informados e repletos de boas opções à sua frente. E, por outro, por concorrentes cada vez melhores, mais agressivos e com produtos, serviços e soluções muito similares – quando não absolutamente iguais – aos que comercializamos em nossas empresas.
Destaque-se novamente o elemento mais crucial para o crescimento do País e que já ocupa um lugar de relevância nas mentes e ações dos principais líderes empresariais brasileiros: a educação de qualidade. Muito embora tenha sido tão negligenciada ao longo das últimas décadas, ela será certamente o fator cada vez mais preponderante de diferenciação competitiva em um “mercado de iguais”.
Assim, irão brilhar os profissionais e empresas que têm paixão pelo que fazem, expertise em seus mercados e crença inabalável de que a educação é dos elementos essenciais para a busca do sucesso e de resultados de vendas cada vez melhores e sustentáveis.
Aliás, pego aqui emprestada uma análise realmente incrível do Fundador e Presidente do Fórum Econômico de Davos, Klaus Schwab, que cunhou o termo “Talentismo”, que tão bem condensa esta ideia de que o maior e mais importante diferencial competitivo das empresas estará em suas pessoas:
“Não serão os grandes peixes que irão ‘papar’ os peixes pequenos, e sim os peixes mais rápidos que irão engolir rapidamente os peixes mais lentos.”
O Brasil, enfim, viverá o momento de retomada da economia e de crescimento das vendas nos mais diversos setores.
Será que você e seus profissionais estão prontos para surfar nesta nova, incrível e igualmente traiçoeira onda?