Que dia terrível é o Domingo! Isso dito lá do Mundo no Trabalho, onde a vida começa na Segunda-feira! Parece que por mais festivo e alegre que venha a ser o dia, desde que tiramos o pé da cama, carregamos uma ampulheta pendurada a nossa frente, com um gargalo que derruba a areia mais rápido do que o normal! E é intrigante, porque seria o período de celebrar a liberdade no Mundo Real, livre do relógio perverso da rotina. Saudosistas dirão que depois do Senna o dia perdeu a graça; tradicionalistas dirão que só vale pelo churras; religiosos católicos saudarão o Dia do Senhor e outros reivindicarão louvores no dia anterior. Seja como for, logo ali, pertinho das 20h, seu melhor amigo ou alguém que você tem em alta-estima não hesitará profetizar em tom de lamento: E, amanhã, é segunda! Uma informação desnecessária, sabida por todos e que ninguém quer lembrar.
Curioso é saber que o Domingo, com todas as suas atribuições, rituais e culpas, é uma invenção moderna. Como bem sabemos, nem tudo o que conhecemos existe desde que o Mundo é Mundo e o mesmo serve para o famigerado primeiro dia da semana. Ou seria o sétimo?!
Pelo menos para nós, brasileiros, e para os cidadãos do Japão, Portugal, Grécia, Grã-Bretanha, Japão, Estados Unido e outros países anglo-saxões é considerado o primeiro dia da semana. Mas em muitos países da Europa e da América Hispânica é o último. Na liturgia cristã, assim como no judaísmo e no islamismo, também é considerado o primeiro dia da semana. Mas a norma ISO 8601 (ISO é o certificado para normatização e qualificação internacional em todos os campos técnicos) determina o domingão como o sétimo do calendário.
Aliás, calendário esse que foi modificado várias vezes, desde 321 d.C., quando Constantino Primeiro, o Grande, do Império Romano, decretou que o Domingo seria Dia de Repouso Civil obrigatório. Cinco anos depois o nome foi modificado de Prima Feria para Dies Domenica (Dia do Senhor). Já os povos pagãos saudavam o Sol como um Deus e, por isso, celebravam o Dia do Sol, em língua inlgesa, Sunday.
Agora, já pensou uma semana de dez dias?! Foi assim durante a Revolução Francesa, que suprimiu o Calendário Gregoriano (atual) voltando somente em 1806, sob o regime de Napoleão. Muita água correu até meados do século XX, quando, sob muita luta, os trabalhadores organizados (sempre eles) conquistaram direitos válidos até os dias atuais como o repouso de 24 horas após seis dias de trabalho. Domingo é Lei!
Se pra você, Domingo é apenas o dia antes de segunda-feira ou se é quando você faz só que tem vontade, o importante é lembrar que só faltam mais quatro dias até sexta-feira. Conta aí, qual o seu dia preferido? Até a próxima segunda-feira!
Gente do mundo do trabalho
Agora me explica, é mentira ou não é? O tom de voz alterado dava eco no corredor ao lado. Já tinha cliente desviando o carrinho pela inóspita gôndola dos artigos de festa só pra ver o que acontecia. Não demorou, veio também Márcia, a gerente do supermercado. Posso saber o que está acontecendo? Durou cerca de um minuto a explicação, mas pareceu uma eternidade, tantas foram as acusações, justificativas, nomes, datas e números incluídos nos relatos. Era manhã de Domingo e Márcia estava naquele momento Salomônico de decidir, com máxima justiça, quem tinha razão. Mandou cada funcionário para setores distintos e disse que bem cedo, na segunda-feira, tomaria uma decisão. Não mentiu. Foi a primeira a chegar e pediu demissão já com a mochila nas costas. Seguiu para a pequena cidade de Timaukel, situada na Patagônia chilena, para viver e também fotografar o projeto de urbanização da localidade.
De volta ao mundo daqui
Tem bem mais gente do que no jogo passado e o bicho pega. Bicho Papão grita e torce, mas a gurizada não se assusta e grita pra espantar o susto. Vai Três Estrelas! No interior de Gravataí a bola rola com festa e uma gana difícil de ver na TV. Paixão citadina, que podia ter uma espiadela carinhosa de fora pra dentro. Vai sendo festa de Domingo mesmo.
