arquivos mentais

Memória curta

A memória é um tema que me fascina. Lamento não ter vocação para estudar Neurociência, ou outras ciências que tentam decifrar esse grande enigma. Coisa que tenho medo é perder a memória imediata, aquela em que a pessoa não sabe, sequer, para que serve a escova de dentes. Se me disserem que tomar chá de prego fortalece o cérebro, lá vou eu!

Especialmente quando se aproximam as eleições ouço muito a expressão  “brasileiro tem memória curta” para justificar o fato de serem reeleitas certas criaturas que sempre mereceram  adjetivos nada lisonjeiros. Será que esse esquecimento faz sentido?

Dizem os pesquisadores que estamos devendo mais algumas vidas para que possamos guardar tantas informações que recebemos todos os dias.

Sabemos que nosso cérebro é seletivo no armazenamento de informações. Aprendemos, com o tempo, a ignorar muitos estímulos sem importância para ficarem guardados em nossa memória. As evidências científicas apontam que as lembranças que temos, por exemplo, de nossa história de vida, não são o retrato fiel do que realmente vivemos em nosso passado. Não fazemos isso por “maldade”. Nossa cabeça não tem arquivo como o do computador que permite,  com um clique, a recuperação fiel dos dados.

Os nossos arquivos de memórias estão todos misturados e nos pregam cada peça!

Quem nunca teve ou ouviu um filho ou amigos e amigos ou alunos dizerem que “deu branco” na hora de responder questões de uma prova? Quem nunca encontrou uma pessoa que você sabe que conhece, mas não tem a menor ideia de onde, que dirá o nome da criatura? E aquela que você reencontra, sabe que no passado tiveram um atrito e não lembra, de jeito nenhum, qual o motivo?

Para os estudiosos, a memória distante é a mais difícil de acessar e sobre a qual temos menor controle. É um alívio saber que o Alzheimer ou a senilidade ainda não rondam a minha cabeça. Fiz exercício mental e realmente não lembro em quem votei para deputado federal, mas para prefeito e vereador, aqui em Gravataí, lembro sim.  

A memória curta nestes tempos de internet não serve mais como desculpa.  No entanto, é preciso tomar cuidado com verdades assassinadas.

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