A distância entre Gravataí, Rio Grande do Sul, e Governador Celso Ramos, Santa Catarina, onde deve se instalar a Mercado Livre, é de 500 Km, ou 4 empregos perdidos por quilômetro, daqui até lá, já que o projeto do centro de logística na ERS-118 previa 2 mil empregos e meio bilhão em investimentos nos próximos 5 anos.
A apuração do destino da gigante da e-commerce é de Giane Guerra. Nesta segunda em Gaúcha ZH, a jornalista informa sobre a possibilidade de instalação no município que fica a pouco mais de 40 quilômetros de Florianópolis. O Mercado Livre já teria encaminhado uma parceria com a Cassol Pré-Fabricados, do mesmo grupo da rede de lojas de materiais de construção, para a obra do seu centro de distribuição.
A empresa enviou nota à coluna: “O Mercado Livre continua estudando as possibilidades de localização para seu centro distribuição no Sul, bem como potenciais parceiros para atuar na região. No momento oportuno, em que tiver informação concreta e exata, a companhia fará uma comunicação pública a respeito”.
A guerra híbrida entre o prefeito Marco Alba e o governador Eduardo Leite continua. A Prefeitura moveu ação na justiça de Gravataí pedindo acesso aos documentos da negociação, como tratei em Marco Alba aciona governador para quebrar sigilo de negociação frustrada com Mercado Livre; ’parole, parole, parole’ e Eduardo Leite tem 5 dias para apresentar a Marco Alba processo que impediu a vinda da Mercado Livre para Gravataí.
O Governo do Estado segue negando, alegando a necessidade de sigilo na relação comercial entre o ente público e privado.
– Estamos questionando a negativa do Estado – informou ao Seguinte:, há minutos, o procurador-geral de Gravataí Régis Fonseca.
Ao fim, é tão improvável uma reversão do ‘Tchau, Mercado Livre’ para Gravataí, quanto o acesso à documentação no que se precipita um longo tapetão em cortes superiores. O efeito de uma jurisprudência dessas poderia revelar até então ocultas – e bilionárias – transações nas concessões de incentivos fiscais pelos governos gaúchos desde antes da GM.
Para calcular o tamanho da pressão contrária, só em 2019 foram R$ 10 bilhões em incentivos. Para efeitos de comparação, corresponde a 2,5% do PIB de R$ 400 bilhões, que é toda a riqueza produzida pelo RS, como mostrei em Os ’negócios sigilosos’ do RS e o tchau, Mercado Livre.
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